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Angola

INE confirma recessão em 2016 e acrescenta outra em 2017

Contas Nacionais Trimestrais

Expansão revela números do PIB, cuja divulgação foi adiada sine die, que apontam para duas recessões: -2,6% em 2016 e -2,1%, no ano passado. Recessões passaram mas, em média, economia vai continuar a crescer abaixo da população, segundo PND 2018-22.

A economia angolana recuou 2,6% em 2016 e 2,1% em 2017, o pior desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) em 20 anos, revelam as Contas Nacionais (CN) trimestrais do Instituto Nacional de Estatística (INE) a que o Expansão teve acesso.
Os dados do INE, cuja publicação esteve inicialmente prevista para 30 de Abril e foi adiada duas vezes, a primeira para 3 de Maio e a segunda sine die, desmentem os do Governo, cujas últimas estimativas apontam para um crescimento de 0,1%, em 2016, e 0,9%, em 2017.
É preciso recuar aos anos 90 para encontrar um recuo do PIB. Com o reinício da guerra, depois das eleições de 1992, a economia angolana registou três recessões consecutivas: em 1993 com um crescimento negativo de 4,7%, em 1994, com -4,5% e em 1995, com -2,5%.
O discurso oficial sempre desdramatizou a crise económica, atribuída ao trambolhão do petróleo a partir de Junho de 2014, optando por assinalar que a economia apenas havia perdido "pujança" ou "desacelerado".
Como o Expansão noticiou, em Abril de 2017, o então ministro do Planeamento e Desenvolvimento Territorial, Job Graça, chegou mesmo a proibir a divulgação das CN do quarto trimestre de 2016 que apontavam para uma recessão de 3,6% nesse ano. O ministro alegou ter encontrado problemas na metodologia, de acordo com uma fonte do Expansão. Contudo, para a fonte, a verdadeira razão para o congelamento teria sido receio de que os dados económicos negativos não fossem bem recebidos face à proximidade das eleições.

(Leia o artigo na integra na edição 471 do Expansão, de sexta-feira 04 de Maio de 2018, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)