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Grande Entrevista

O desenvolvimento da economia passa pelos fundos de pensões

Ivan Ernandes Director Executivo Atest Consultoria Actuarial

O consultor brasileiro Evan Ernandes, que esteve no País para ministrar um curso de pós-graduação em actuariado de fundos de pensões, defende que é urgente actualizar a legislação do sector segurador. A lei em vigor foi aprovada há 20 anos.

Desde 2004 que acompanha a evolução do mercado angolano. O que é que mudou de lá para cá e o que é que precisa mudar?
Os grandes desafios que Angola precisa vencer para poder crescer, no meu entender, são a falta de incentivos fiscais na forma de redução de impostos para as empresas e para os cidadãos que invistam em previdência [segurança social]. Outro grande desafio é que o mercado precisa de mais produtos financeiros destinados aos fundos de pensões. Os fundos de pensões acumulam contribuições, precisam que estes recursos sejam aplicados, sejam rentáveis, haja retornos financeiros para que cresçam e no futuro sejam capazes de pagar os benefícios.


É assim no Brasil?
No Brasil verificamos uma situação que ainda nos assusta: as pessoas fazem mais seguro automóvel que seguro de vida. Ou seja, as pessoas preocupam-se mais com os carros que com as famílias. Se aqui em Angola também é assim, precisamos reverter este quadro.


De que forma é possível reverter esta situação?
Penso que o primeiro passo já está a ser dado, que é a reforma da legislação. O sector tem até ao fim deste ano para actualizar a legislação dos seguros. A taxa de penetração dos seguros no Brasil está em torno dos 3,5%, naturalmente, maior que em Angola. Para Angola alcançar esta percentagem, precisa multiplicar por quatro a sua actual taxa de penetração, que ronda os 0,8%.

(Leia o artigo na integra na edição 472 do Expansão, de sexta-feira 11 de Maio de 2018, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)