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Angola

Consumo das famílias foi o motor do crescimento mais do que triplicando em seis anos

Dados do Instituto Nacional de Estatística

O aumento do consumo não compensou a queda das exportações líquidas, exportações menos importações, e a economia registou o pior desempenho dos últimos 20 anos, com duas recessões, em 2016 e 2017. Entre 2010 e 2017 a economia cresceu em média anual 2,8% abaixo da população que aumenta mais de 3% ao ano.

O consumo das famílias angolanas mais do que triplicou em seis anos, saindo de 2,8 biliões Kz em 2010 para 9,3 biliões em 2016, afirmando-se como o principal motor do crescimento do período, de acordo com as Contas Nacionais Trimestrais do Instituto Nacional de Estatística (INE).
O peso do consumo das famílias no produto interno bruto (PIB)a preços de mercado, na óptica da despesa, aumentou 20,2 pontos percentuais, de 35,8% para 56% enquanto todos os outros componentes fizeram o caminho inverso: o consumo público caiu 3,1 pp, de 17% para 13,9%, a formação bruta de capital fixo ou investimento emagreceu 1 pp, de 28,2% para 27,2%, e as exportações líquidas, exportações menos importações, deram um trambolhão de 16,1 pp, de 19% para 2,9% - Ver infografia nas páginas 4 e 5.
O aumento do consumo foi acompanhado de uma quebra da poupança que passou de 34,8% do PIB em 2010, para apenas 24,5% em 2016.
A poupança deixou assim de ser suficiente para financiar o investimento. Em 2010, o investimento, medido pela formação bruta de capital fixo (FBCF) representou 28,2% do PIB a preços correntes, abaixo dos referidos 34,8% da poupança. Feitas as contas, chegamos a uma capacidade de financiamento equivalente a 6,6% do PIB.
Em 2016, a situação inverteu-se e o País passou a ter necessidades de financiamento de 2,7% do PIB, diferença entre uma poupança de 24,5% do PIB e uma taxa de investimento de 26,2% do PIB.

(Leia o artigo na integra na edição 473 do Expansão, de sexta-feira 18 de Maio de 2018, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)