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Angola

FMI sugere aumentos da gasolina para 320 kz e do gasóleo para 270

No espaço de 8 meses

Governo diz que as margens de lucro e de comercialização da Sonangol são elevadas e têm de ser reduzidas antes de qualquer ajustamento.

O Fundo Monetário Internacional defende que os preços da gasolina e do gasóleo devem duplicar de forma gradual nos próximos oito meses para compensar o aumento dos preços do petróleo, agravado pela desvalorização do Kwanza.
De acordo com uma nota de rodapé do relatório do artigo IV, o "corpo técnico estima que os preços da gasolina e do gasóleo na bomba teriam de ser ajustados em 100% de modo a eliminar os subsídios que actualmente estão a ser absorvidos pela Sonangol". Tal como "em 2014-2016 este ajustamento poderia ser gradual, ao longo dos próximos 8 meses, para suavizar o impacto na inflação".
A última subida dos preços da gasolina e do gasóleo ocorreu em Janeiro de 2016, na sequência da eliminação dos subsídios aos dois combustíveis. Nessa data cada litro de gasóleo subiu de 90 Kz para os actuais 135 Kz e a gasolina de 115 Kz para 160 Kz. A partir daí não houvemais alterações apesar de o governo ter prometido ajustamentos automáticos em função do preço do petróleo.
No início de Janeiro de 2016, cada barril de petróleo custava 37,2 USD, o que à taxa de câmbio da altura era equivalente a 5.800 Kz. Esta semana, cada barril, custava 75,9 USD, o que à taxa de câmbio actual é equivalente 18.120 Kz. Feitas as contas, entre 2016 e esta semana, o barril de crude valorizou 213% em Kwanzas, e 104% em dólares, o que, para especialistas do sector, demonstra que os preços dos combustíveis em Angola têm mesmo que subir para reflectir, no custo ao consumidor, os aumentos dos preços nos mercados internacionais desde 2016.

(Leia o artigo na integra na edição 477 do Expansão, de sexta-feira 15 de Junho de 2018, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)