Empresários, gestores e líderes associativos contestam a proposta do Fundo Monetário Internacional (FMI) para o Governo aumentar os preços da gasolina para 320 Kz e do gasóleo para 270 Kz, considerando que vai agravar ainda mais as dificuldades das empresas e das famílias.

O FMI defende que os preços da gasolina (160 Kz) e do gasóleo (135 Kz) devem duplicar de forma gradual nos próximos oito meses para compensar o aumento do preço do petróleo, agravado pela desvalorização do Kz, de acordo com o relatório sobre as visitas regulares a Angola do artigo IV, divulgado na semana passada.

O presidente da Associação Nova Aliança dos Taxistas de Angola (ANATA), Geraldo Wanga, adverte que os seus associados podem paralisar a actividade de táxi a nível nacional durante uma semana se o preço da gasolina e do gasóleo atingir subir para o dobro, conforme proposto pelo FMI.

O líder associativo revela que há cerca de três meses a associação foi consultada juntamente com outras associações pelo Ministério das Finanças sobre um possível ajuste do preço dos combustíveis, mas recusaram e tornaram público a posição sobre o assunto. "Amanhã [sexta- -feira] o conselho consultivo da ANATA reúne para avaliar a proposta do FMI, mas, em princípio, a nossa posição será a mesma que tornámos público há três meses quando o Ministério das Finanças pretendia anunciar um ajuste ao preço dos combustíveis, porque se sobe o gasóleo e a gasolina, em 24 horas sobe também o preço da corrida de táxi", diz Geraldo Wanga.

(Leia o artigo na integra na edição 478 do Expansão, de sexta-feira 22 de Junho de 2018, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)