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Venda de 3 milhões USD a uma única casa de câmbio gera polémica no sector

SECTOR ESTÁ HÁ NOVE MESES SEM VER DIVISAS

Banco Nacional de Angola justifica venda de divisas à Jimbuku com a regularização de atrasados junto da MoneyGram. Associação do sector questiona como é que a firma internacional de envios de dinheiro deixou a empresa de Benguela acumular tantos atrasados se empresas com mais histórico no sector não conseguiram realizar operações por não terem divisas

O presidente da Associação das Casas de Câmbio critica a venda de quase 3 milhões de euros à Jimbuku, questionando os critérios que levaram o BNA a "beneficiar" uma casa de câmbio que está há apenas quatro anos no mercado, quando o sector está a passar por dificuldades e sem conseguir aceder a divisas há mais de 9 meses.

Em declarações ao Expansão, Hamilton Macedo sublinha que esta é a primeira vez na história que uma casa de câmbios em Angola consegue aceder a um valor tão elevado de divisas: "Como é que uma empresa que não se sabe se reúne fundos para a cobertura de uma operação neste valor, o BNA fez venda directa de 2,98 milhões de euros?".

O líder associativo diz que os cerca de três milhões de euros davam para beneficiar pelo menos 20 casas de câmbio se fossem distribuídos pelo sector. "Há aqui filhos e enteados num sistema que se quer cada vez mais unificado, robusto e mais participativo com a inclusão financeira que muito faz apelo o Executivo, mas enfim, é o que temos", lamenta Hamilton Macedo.

O também administrador da Nova Câmbios argumenta que a maioria das casas de câmbio continua a viver momentos difíceis e desde que enviaram uma carta ao BNA, em Março, queixando-se de não conseguir aceder a divisas, o sector não registou qualquer alteração.

(Leia o artigo na integra na edição 478 do Expansão, de sexta-feira 22 de Junho de 2018, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)