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Sonangol "esvaziada" de poder contra a vontade de Carlos Saturnino

Novo Modelo do sector dos petróleos

As declarações do PCA da companhia contra a criação de uma agência de petróleoa causaram "celeuma" no seio do grupo de trabalho para o ajustamento do sector. Gestor acabou por se resignar mas ainda assim questiona o timing da decisão já que a empresa está em negociações importantes com as petrolíferas.

A criação da Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANPG) anunciada esta semana pelo Governo, no âmbito do novo modelo de reajustamento do sector dos petróleos contraria a vontade do presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Carlos Saturnino, que em Maio, à margem da Conferência de Tecnologias Offshore, que decorreu em Houston (EUA), se manifestou contra a criação da agência que vai "roubar" à Sonangol a actividade de concessionária de petróleo e gás.

As declarações de Saturnino, em Houston, a 1 de Maio, contra a criação da ANPG causaram "celeuma" no seio dos membros do grupo de ajustamento do sector petrolífero, liderado pelo ministro dos Recursos Minerais e Petróleo, Diamantino de Azevedo, tendo estes alegado que não ficava bem ao PCA da Sonangol, na qualidade de membro do referido Grupo de Trabalho, insurgir-se contra o trabalho da equipa, apurou o Expansão.

Carlos Saturnino conformou-se, entretanto, com a decisão de criação da agência mas ainda assim contesta o timing em que é feito. O gestor preferia que a mudança ocorresse apenas em 2021, no fim do plano de "regeneração" da Sonangol. Da mesma forma, receia os efeitos que as alterações poderão ter nas negociações de novos projectos de prospecção e exploração.


(Leia o artigo na íntegra na edição 486 do Expansão, de sexta-feira 17 de Agosto de 2018, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)