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Angola

Governo pondera subsídio temporário para quem está na linha da frente do combate à Covid-19

Dois mil kwanzas por dia para cada funcionário, num total de 10,7 milhões de kwanzas todos os dia

Governo vai criar um subsídio extraordinário para todos aqueles que estão directamente envolvidos no combate à pandemia da Covid-19, são mais de cinco mil os funcionários eventualmente abrangidos por esta medida

O Governo irá atribuir aos funcionários e agentes administrativos envolvidos directamente no combate à pandemia da Covid-19 em recompensa pelo sacrifício consentido no cumprimento da missão, tendo em conta aos riscos que correm devido a doença, que assola o país desde Março de 2020, adiantou fonte do Governo, ligada ao Ministério da Saúde, ao Expansão. Contactado o Ministério das Finanças, obtivemos a informação de que é uma medida que está a ser ponderada.

Temos, no entanto, e por agora, o Decreto Presidencial n.º 264/21, de oito de Novembro, que "permite a tomada de medidas excepcionais sempre que for declarada uma situação de Calamidade Pública" e, nesse contexto, "a atribuição de um subsídio específico extraordinário".

O Expansão sabe que esta possibilidade está em cima da mesa e o Ministério das Finanças, muito provavelmente, estará ao lado do Ministério da Saúde (MINSA), de quem depende o parecer técnico para tomar esta medida de carácter temporário.

Em causa estão cerca de 5.360 funcionários que podem vir a ser abrangidos pela medida, em 67 postos de vacinação, com uma média de 80 técnicos por posto. Os valores serão descentralizados nas direcções municipais do Ministério das Finanças.

Contas feitas, o Governo vai gastar 10,7 milhões kwanzas por dia em subsídios aos profissionais.

"O número pode variar com o surgimento de novos postos. Há também as equipas móveis, mais de 100 pessoas, com, no mínimo, quatro profissionais por equipa", adiantaram-nos.

Também de acordo com o decreto presidencial n.º 264/21, de 8 de Novembro, o subsídio extraordinário diário é financiado por receitas do Orçamento Geral do Estado (OGE) e pago pelas Unidades Orçamentais directamente envolvidas nas acções de prevenção e combate à Covid-19.

A proposta do OGE para o exercício económico 2022, na rubrica "Acções Correntes", prevê uma despesa de 4,2 mil milhões kwanzas, para o combate e prevenção da pandemia da Covid-19. Já na rubrica "Combate às Grades Endemias pela Abordagem das Determinantes da Saúde", está prevista a despesa de 40,5 mil milhões kwanzas, para a Comissão Multissectorial para a Prevenção e Combate à pandemia da Covid-19.

"O subsídio é de carácter excepcional e transitório, sendo válido apenas enquanto vigorar a Situação de Calamidade Pública", refere o documento.

O documento esclarece, igualmente, que a sua operacionalização, o valor do subsídio a atribuir, a identificação dos beneficiários, bem como os restantes procedimentos de implementação, são, justamente, definidos por decreto executivo conjunto entre os titulares dos departamentos ministeriais das Finanças e da Saúde.