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Clube de Paris quer credores privados no alívio da dívida mas mercados reagem mal

Credores privados "devem" fazer esforço idêntico aos dos credores bilaterais

Os credores privados terão de participar no alívio da dívida dos países mais vulneráveis, defendeu no domingo o ministro das Finanças francês e líder do Clube de Paris, Emmanuel Moulin, em entrevista à agência Bloomberg, esclarecendo que isso "não significa necessariamente uma redução nos termos do valor actual líquido", mas um "reperfilamento da dívida".

As declarações do líder do Clube de Paris, organização informal cuja missão é ajudar financeiramente países com dificuldades económicas, surgem numa altura em que há quase um consenso sobre a necessidade de os credores privados participarem no mecanismo criado em Novembro para reforçar a Iniciativa de Suspensão do Serviço da Dívida (DSSI), lançada em Abril de 2020 pelo G20 para conceder moratórias aos países mais endividados até Junho, com possibilidade de renovação por mais seis meses.

"Um tratamento de dívida ao abrigo do Enquadramento Comum para o Tratamento da Dívida, além da DSSI vai requerer que os credores privados forneçam um esforço pelo menos tão importante como aquele que é dado pelos credores oficiais bilaterais", afirmou Emmanuel Moulin, adiantando que o "Enquadramento Comum pode ser a antecâmara para a China juntar-se ao Clube de Paris como membro pleno".

O ministro das Finanças gaulês anunciou ainda que a França vai propor, na próxima reunião do FMI e do Banco Mundial, a realizar em Abril, um aumento dos Direitos Especiais de Saque (DES) no valor de 500 mil milhões USD, iniciativa defendida pelos governos africanos, mas que foi bloqueada no ano passado pela Administração Trump.

(Leia o artigo integral na edição 612 do Expansão, de sexta-feira, dia 19 de Fevereiro de 2021, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)