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Empresas & Mercados

IGAPE conclui 33 privatizações e encaixa 355 mil milhões Kz

Até 2022 Estado prevê alienar 195 empresas públicas, 32 são empresas de referência

Desde Agosto de 2019, altura em que foi lançado o Programa de Privatizações (PROPRIV) foram privatizados 33 activos, entre empresas têxteis, cinco fazendas, bem como a alienação da participação que o Estado detinha nas cervejeiras Cuca, Ngola e Eka, o que permitiu um encaixe financeiro público de 355 mil milhões Kz.

Os dados, saídos da primeira reunião da comissão nacional interministerial do ProPriv, foram divulgados esta quinta-feira, 25, pelo Instituto de Gestão de Ativos e Participações do Estado (IGAPE), que avançou com o número de 2.742 postos de trabalho gerados com o programa.

Candidataram-se aos 33 processos 92 entidades, sendo que no caso das cervejeiras o capital outrora detido pelo Estado foi adquirido pelas próprias empresas.

Os resultados obtidos animam o presidente do IGAPE, Patrício Vilar, que considera que este "é um momento de viragem" e que a programação das privatizações para o presente ano já reflete este objectivo, com as privatizações que se perspectivam no sector financeiro, com a seguradora ENSA e os bancos BAI, BCI e Caixa Angola.

De acordo com os dados revelados por Vilar, foram adjudicadas as cinco fazendas em concurso, das quais três através de leilão extraordinário. Chegou também ao fim o processo de alienação da participação estatal em três cervejeiras -- Cuca, Ngola e Eka --, cujo capital foi adquirido pelas próprias empresas.

Neste período foram ainda colocadas a concurso todas as empresas da segunda fase da Zona Económica Exclusiva, incluindo as agropecuárias, devendo o IGAPE arrancar no próximo mês de março com a terceira fase dos concursos para adjudicação de unidades inseridas na ZEE.

Neste período acabaram por não ser alienados alguns projectos agroindustriais, nomeadamente os silos, sendo que estes últimos deverão passar por processos de concessão. De acordo com a Lusa, se os concursos voltarem a ficar desertos estas estruturas acabarão integradas na reserva estratégica alimentar, gerida pelo Ministério da Agricultura, informou o presidente do IGAPE.

Recorde-se que na agenda de privatizações até 2022, o Estado prevê que saiam da sua alçada 195 empresas públicas, das quais 32 classificadas como empresas de referência nacional, nomeadamente a Sonangol, a TAAG, Correios de Angola, Angola Telecom, ENSA, Endiama, as participações na operadora Unitel, Banco de Comércio Indústria, Banco Económico, a cimenteira Nova Cimangola e a Bolsa de Valores e Derivativos de Angola (BODIVA), entre outras.