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África

Agora foi de vez, Total suspende projeto de gás em Moçambique

Petrolífera invoca "força maior" para a retirada

Foi a partir de Paris, onde está sedeada a Total, que a petrolífera declarou a retirada de todos os trabalhadores e suspensão do projecto de gás em Moçambique, tendo recorrido mesmo, e pela primeira vez, ao conceito jurídico de "force majeure" (força maior), para justificar o incumprimento de determinadas obrigações com factores externos.

Depois de novos ataques, a Total afirma que não tem condições para prosseguir "de maneira segura e eficiente", tendo afirmado que a suspensão se mantém, na província de Afungi, "até que as condições o permitam, disse à Lusa, Anastasia Zhivulina, da petrolífera, que admitiu que o problema "está completamente fora do controlo da Total", devido à "severa deterioração" da segurança em Cabo Delgado.

O facto de a petrolífera afirmar que "a Total continua comprometida com Moçambique e com o desenvolvimento do projeto da Área 1", leva as autoridades do país a manter a esperança que a petrolífera apenas suspendeu o projecto e que o mesmo não será cancelado.

O projeto, avaliado em 20 mil milhões de euros, tinha até agora início de produção previsto para 2024. Trata-se do maior investimento privado em curso em África e a concretizar-se será o responsável pelo crescimento económico de Moçambique na próxima década.