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África

Apoio militar da SADC no norte de Moçambique vai custar 12 milhões de dólares

Países da região vão pagar

O apoio militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) a Moçambique vai custar cerca de 12 milhões de dólares, de acordo com as palavras do ministro das relações exteriores de Angola, Téte António, no final da reunião do conselho de ministros que aconteceu no dia 28 de Junho.

O orçamento para a "Força em Estado de Alerta", de combate à insurgência jihadista em Cabo Delgado, será financiado por um fundo de reservas, no valor de 5 milhões USD, e a contribuição directa dos estados-membros da organização para os restantes 7 milhões. Não foi tornado público qual será o valor que cada um dos países da SADC irá juntar a este "bolo", mas é de prever que Angola e África do Sul sejam os principais contribuintes. Também não foi avançada a composição e a liderança desta força militar.

Para além de considerar que a situação de insegurança em Moçambique deve servir de lição para a melhoria da capacidade de prevenção por parte da SADC, o ministro Téte António recordou o princípio da subsidiariedade em relação à União Africana, prevendo-se a possibilidade da obtenção de apoio adicional a partir das estruturas da principal organização do continente.

A reunião desta semana resulta de uma orientação saída da cimeira dos Chefes de Estado e de governo da SADC, realizada a 23 de Junho em Maputo, e que aprovou o mandato da "Força em Estado de Alerta", para o combate ao terrorismo na região de Cabo Delgado. Na ocasião, as autoridades moçambicanas, representadas ao mais alto nível pelo presidente da República, Filipe Nyusi, enfatizaram a existência de condições para o acolhimento da força regional da SADC contra o terrorismo, sendo que as indicações apontam para uma coordenação liderada pelos organismos de defesa e segurança de Moçambique.

Desde Outubro de 2017, período em que se registou o início da insurgência jihadista naquele país do índico, diversos sectores dentro e fora de Moçambique, atribuem a Filipe Nyusi a responsabilidade pela não intervenção pontual da SADC no combate ao terrorismo no norte deste país. Apesar da relutância manifestada inicialmente pelas autoridades moçambicanas, a SADC tem várias fundamentações ju
rídicas para uma intervenção neste país. A actuação militar da SADC em Moçambique poderia ocorrer nos seguintes moldes: como resultado de uma solicitação do governo moçambicano, com base no princípio da autodefesa colectiva, ou mediante aprovação do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

(Leia o artigo integral na edição 631 do Expansão, de sexta-feira, dia 2 de Julho de 2021, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)