Saltar para conteúdo da página

Logo Jornal EXPANSÃO

EXPANSÃO - Página Inicial

Empresas & Mercados

Prejuízos da TAAG disparam 164% para 372 milhões USD em 2020

Menos 75% de passageiros transportados em ano de pandemia

A companhia aérea nacional TAAG registou em 2020 um prejuízo de 372 milhões USD, o que representa um aumento de 164% face aos 141 milhões de resultados líquidos negativos registados em 2019, de acordo com o relatório e contas do exercício financeiro do ano passado, que "passou" pelo auditor externo sem qualquer reserva.

No entanto, se as contas forem feitas em Kwanzas, o prejuízo até diminuiu 2,5%, passando dos 134,6 mil milhões Kz em 2019 para 131,2 mil milhões em 2020. São os efeitos da desvalorização cambial, já que no final de 2019 cada dólar valia 482,227 Kz, enquanto no último dia de Dezembro de 2020 cada dólar valia 656,225 Kz, traduzindo-se numa depreciação de 27% da moeda nacional face à moeda norte-americana.

À semelhança de praticamente todas as companhias aéreas em todo o mundo, a companhia de bandeira nacional foi fortemente afectada pelas restrições na circulação de pessoas imposta pelas medidas de combate à pandemia da Covid-19. A companhia aérea transportou apenas 370.407 mil passageiros, menos 1.119.870 que o total de passageiros transportados em 2019.

Trata-se de uma quebra de 75% no número de passageiros transportados. Quanto à carga, a TAAG transportou 11.032 toneladas em 2020, o que representa uma descida de 24% face a 2019.

Contas feitas, menos passageiros e menos carga transportada significa obrigatoriamente menos receitas. No ano passado, a TAAG teve proveitos globais de 201,8 milhões USD - 98,1% desse valor resulta da prestação de serviços de transportação aérea - o que representa uma quebra de 48% face aos 385,2 milhões USD de 2019. Por outro lado, os custos com as operações caíram 39% para 360,9 milhões USD, devido, sobretudo à descida em 164,9 milhões USD nos gastos com "Outros custos e perdas operacionais", rubrica onde constam os gastos em combustível. No ano passado, a companhia gastou 48,7 milhões USD em combustíveis, o que representa uma descida de 65% face aos 140,1 milhões gastos em 2019. Note-se ainda uma diminuição de outros custos que dependem directamente da actividade da empresa, nomeadamente taxas aeroportuárias (-65%), comissões e despesas com passageiros. Só neste último as despesas caíram 63% para 24,6 milhões USD, com o catering a "sofrer" uma queda de 76% e o handling a cair 98% para 519 mil USD. Ou seja, menos voos, menos despesas.

Contas feitas, entre proveitos e custos operacionais, a TAAG registou um resultado operacional negativo de 159,1 milhões USD, ainda assim uma descida de 22% face aos -204,7 milhões de 2019.

(Leia o artigo integral na edição 634 do Expansão, de sexta-feira, dia 23 de Julho de 2021, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)