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Economia

Ajuda às empresas e às famílias dá um "empurrão" ao sistema financeiro durante a pandemia

Dados do 12.º inquérito anual do FMI sobre o acesso a serviços financeiros

O número de contas de depósitos "cresceu a uma taxa mais elevada" nas economias de rendimento médio e alto, os saldos de depósitos e de empréstimos "engordaram" e a utilização de dinheiro móvel "subiu significativamente nas economias de baixo e médio rendimento". Angola acompanhou a tendência de subida

A utilização dos serviços financeiros digitais deu um salto "considerável", em 2020, ano em que foi declarada a pandemia da Covid-19, enquanto nos serviços financeiros tradicionais "permaneceu estável", revelam os dados do 12.º Inquérito Anual sobre o Acesso Financeiro, do Fundo Monetário Internacional (FMI). A ajuda às empresas e às famílias tem uma parte de responsabilidade neste incremento, já que o grosso da assistência passou pelo sistema financeiro.

Angola acompanhou a tendência global de "expansão", sobretudo no número de mutuários que mais do que duplicou em relação a 2018 (em 2019 não foram fornecidos dados). Mas, no caso do mobile money (dinheiro móvel), ainda tem "muito caminho a percorrer", como constata Wilson Chimoco, economista ligado à banca e investigador. A criação de uma task-force, ao nível governamental, para analisar os entraves e identificar formas de promover a massificação dos serviços que permitem realizar transacções monetárias por telemóvel é uma das medidas sugeridas pelo engenheiro de telecomunicações Eric Dario Martins, já que é uma das principais ferramentas de inclusão financeira nas economias de baixo e médio rendimento.

Os dados do inquérito sobre o acesso financeiro (FAS), que se baseia em dados administrativos recolhidos pelos bancos centrais ou reguladores de instituições e prestadores de serviços financeiros de 189 jurisdições (165 dos quais são países), confirmam que o "distanciamento social e os lockdowns reforçaram a utilização de serviços financeiros digitais" em 2020, tendência que se mantém "sem grandes variações" em 2021.

(Leia o artigo integral na edição 652 do Expansão, de quarta-feira, dia 26 de Novembro 2021, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)