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Economia

Construção de três hospitais financiada pelo Standard Chartered

25,5 MILHÕES EUROS PAGOS NO INÍCIO DA OBRA

Governo continua a contrair empréstimos para investir no sector da Saúde. Dois novos acordos foram assinados, no valor de 172,3 milhões de euros.

O empréstimo para as obras de construção e apetrechamento dos hospitais gerais de Malanje, Dundo (Lunda Norte) e da Catumbela (Benguela) vão ser assegurados pela instituição financeira inglesa Standard Chartered. O Governo vai assinar um acordo de financiamento no valor de 146,8 milhões de euros e um outro de 25,5 milhões EUR para garantir o pagamento inicial do contrato comercial e 100% da taxa de mitigação do risco.

O contrato tem a cobertura da Agência de Crédito à Exportação Francesa, BPI France, para o financiamento de 85% do valor do contrato comercial e 100% do prémio de seguro. Os valores foram repartido entre 48,9 milhões de euros para a construção de cada hospital e 8,5 milhões de euros como pagamento inicial também de cada obra, o que totaliza 172,4 milhões de euros.

Esta informação foi publicada nos Despachos Presidenciais n.º 96/22 n.º 97/22 e n.º 98/22 de 28 de Abril. Recorde-se que há duas semanas o Governo também avançou com um empréstimo em condições similares para a construção do Hospital Geral do Bailundo, na província do Huambo, por contratação simplificada, devido às condições inadequadas de funcionamento, acomodação e assistência médica aos doentes.

Em relação às condições sanitárias das províncias onde as obras serão feitas, a província de Malanje conta actualmente com 185 unidades sanitárias nos 14 municípios. Deste número, 172 estão em funcionamento pleno e as restantes em reabilitação ou condicionadas pela falta de pessoal. Muitas destas unidades hospitalares não funcionam nas condições desejadas devido à falta de recursos humanos e de outras condições necessárias, como a inexistência de energia eléctrica e de água potável. Nestes locais, os técnicos de saúde são limitados a trabalhar das 08 às 17 horas.

Na Lunda Norte, o Hospital Geral vai entre outros, prestar serviços de hemodiálise, evitando, deste modo, a deslocação de pacientes com insuficiência renal para outros pontos do País, como acontece actualmente. Em 19 anos, a província viu nascer 14 hospitais, 19 centros de saúde e 69 postos de saúde, asseguradas por apenas 60 médicos e quase 900 enfermeiros.