O turismo pode vir a ser um sector estratégico para a diversificação da economia, mais um além do petróleo, e isso mesmo foi muito sublinhado durante esta semana, tanto no país, com as diversas iniciativas do ministro que detém esse pelouro, Jomo Fortunato, e no exterior, no caso, pela voz do Presidente João Lourenço, que, em Madrid, e numa visita à sede da Organização Mundial do Turismo, uma agência das Nações Unidas para a promoção e desenvolvimento do sector, pediu isso mesmo, apoio para a promoção e desenvolvimento do turismo em Angola.

O Presidente da República definiu o turismo como um sector estratégico para o país, concretamente, e de acordo com planos já definidos pelo Governo, para diversificar a economia, criar emprego e erradicar a pobreza.

Angola quer fazer parte, de uma forma muito concreta, da lista dos principais destinos turísticos em África, e tem uma meta, que é curta: 2025.

E Presidente receceu da OMT a garantia de apoio para a promoção e desenvolvimento do turismo em Angola.

O Chefe de Estado esclareceu que nos esforços do Executivo com vista à diversificação da economia, e a par da agricultura, o sector do Turismo constitui um sector estratégico, mesmo que sendo um dos que mais sofre com a pandemia da covid-19, é assim em Angola e é assim em todo o mundo, em países com circuitos turistícos já implantados a recuperação será sempre mais fácil do que em países, como Angola, em que ainda há muito para fazer.

O Presidente João Lourenço convidou os homens de negócios espanhóis a investirem no sector do turismo em Angola e, ao mesmo tempo, incentivou-os à formação dos jovens angolanos, porque, acrescentou, "o turismo é dos sectores que mais emprego proporciona aos cidadãos".

O Presidente da República teve uma intensa agenda em Madrid, acompanhada da primeira-dama Ana Dias Lourenço e de uma curta comitiva, almoçou com o rei Felipe VI e com a rainha Letícia, e visitou o Palácio da Zarzuela, residência oficial dos monarcas espanhóis, e aproveitou para convidar o rei de Espanha a visitar oficialmente Angola, o que o rei aceitou ainda que não se tenha fixado uma data para a visita.

Reuniu ainda com o chefe do governo espanhol, Pedro Sánchez, uma reunião que contou com a presença da ministra das Finanças, Vera Daves de Sousa, entre outros elementos da comitiva presidencial. No final da reunião foi reafirmada a vontade de fortalecer a cooperação entre os dois países e muito especificamente no que tem a ver com empresas e investidores.

Pedro Sánchez destacou o interesse que as empresas espanholas têm pelo mercado angolano, "onde podem contribuir com a sua experiência, qualidade e tecnologia para o desenvolvimento económico e social do país".

Numerosas empresas espanholas estão atualmente a desenvolver projetos em sectores como o tratamento de água, refrigeração industrial, saúde, educação, formação e geologia.

"A Espanha quer contribuir para o desenho da política da União Europeia em relação a África, para que esta seja orientada para o progresso e industrialização do continente, para a criação de emprego, especialmente para os jovens, e para a implementação efectiva" de uma zona de Comércio Livre, disse o primeiro-ministro espanhol.