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Mais 23,2 milhões de dólares para concluir o Centro de Formação de Jornalistas do Huambo

Omatapalo soma e segue obras por adjudicação directa

Através de despacho presidencial foram atribuídos 23,2 milhões de dólares para a conclusão de uma obra iniciada em 2014, para a Omatapalo, além de mais um contrato de milhões de dólares, fica a responsabilidade de concluir a obra até ao segundo trimestre de 2022

A Ompatapalo é a maior beneficiária dos contratos públicos de empreitada por ajuste directo nos últimos quatro anos, e, neste período, foram entregues milhões de dólares à empresa relativos as obras de infra-estruturas públicas.

Por estes dias, temos mais uma obra adjudicada à Omatapalo, num valor estimado de 23,2 milhões de dólares, que corresponde ao valor que faltava para a conclusão das infra-estruturas do Centro de Formação de Jornalistas (Cefojor) da província do Huambo, em construção desde 2014, mas teve uma interrupção em 2016 por dificuldades financeiras.

A retoma das obras de construção aconteceu em Junho de 2019. A infra-estrutura está avaliada em 35,9 milhões dólares, sendo que deste valor foram pagos apenas 13 milhões, que correspondem a 36,3% do valor da obra. A falta de pagamento da segunda parte do orçamento condicionou a conclusão da empreitada.

Por despacho presidencial n.º 204/21, de 26 de Novembro, foi aprovada a despesa de 23,2 milhões dólares bem como autorizada a abertura do procedimento de contratação simplificada com a empresa Omatapalo - Engenharia e Construção, S.A., a empresa que a partir de 2012 passou a ser controlado por Luís Manuel da Fonseca Nunes e família. O actual governador de Benguela desvinculou-se dos órgãos sociais da empresa quando foi nomeado, em 2018, governador da Huíla pelo Presidente João Lourenço, ficou no cargo até 2021, altura em que foi exonerado da Huíla e nomeado para Benguela.

O Expansão sabe que o prazo para a conclusão das obras está marcado para o segundo trimestre de 2022.

Quando concluída, a obra do Cefojor no Huambo vai contar com vários compartimentos como 16 salas de aula, 87 dormitórios para o internato, auditório, estúdio para a radiodifusão, de televisão e para imprensa, biblioteca, sala dos professores e casas de passagem, numa área de mais de 80 mil metros quadrados.

O Presidente da República justifica a medida com a necessidade de atender as carências na área da comunicação social no país, através do reforço da formação, valorização e dignificação dos jornalistas a nível nacional, regional e internacional.

O chefe do executivo delega competências ao titular da pasta do Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social para aprovar o procedimento para a verificação da legalidade de todos os actos decisórios e incluindo a celebração dos contratos.

Obras entregues a Omatapalo por contratação simplificada

Em 2018 foram entregues à construtora as obras de reabilitação e expansão do Hospital Sanatório (1ª e 2ª fases), em Luanda, com o valor global de 214,1 milhões dólares, unidade hospitalar inaugurada esta terça-feira, 30, pelo Presidente da República.

No mesmo ano a empresa celebrou o contrato com o Estado para a execução das obras de infraestruturas externas da Centralidade da Quilemba, na Huíla, avaliadas em 64,2 milhões dólares.

Ainda no mesmo período, o Presidente da República, aprovou a reabilitação do Hospital Militar de Luanda, obra orçada em 120 milhões dólares.

Outra empreitada é a obra do Hospital Central do Lubango, com o valor global de 25 milhões dólares.

Por concurso público

Em 2018 a empresa ganhou o concurso público para a reabilitação do edifício Ex-Ministério do Planeamento, em Luanda, avaliado em 23,9 milhões dólares.

Um ano depois a construtora venceu o concurso para construção da Circular Externa do Lubango (1ª e 2ª fase), avaliada em 200 milhões dólares.

São várias as obras que a Omatapalo ganhou para a execução de obras públicas como empreitada da infra-estrutura da Catedral da Nossa Senhora da Muxima, em Luanda, com valor de 88 milhões dólares, e obras na província do Cunene no sector das águas estimada e 88 milhões dólares.

O Banco Nacional de Angola (BNA) também é um dos clientes da empresa, com a construção do Cash Center, com um custo previsto de 57,3 milhões dólares.