Saltar para conteúdo da página

Logo Jornal EXPANSÃO

EXPANSÃO - Página Inicial

Mundo

Governo holandês vai investir 25 mil milhões euros para reduzir o número de cabeças de gado no país

Proposta foi aprovada

O governo da Holanda anunciou, na terça-feira que pretende investir até ao ano de 2035, um total de 25 mil milhões de euros com vista a reduzir em um terço a quantidade de cabeças de gado naquele país.

A medida aparentemente contraditória e que suscitou a ira dos agricultores,visa "reduzir as emissões de azoto, um gás com efeito de estufa, gerado por fertilizantes e estrume". Justificam as autoridades locais, citadas pela mesma fonte.

De acordo com o portal Phys, a pecuária constitui uma das principais fontes de emissão de gases de efeito estufa na Holanda, um país severamente ameaçado pelas mudanças climáticas.

Com 17,5 milhões de habitantes, a Holanda possui aproximadamente 4 milhões de bovinos, 12 milhões de suínos e 100 milhões de galinhas, sendo a agricultura considerada responsável por 16% das emissões de gases, ao passo que o sistema digestivo das vacas são apontados como principais fontes de emissão de metano, um gás causador de efeito estufa. Refere o Phys.

A coligação governamental liderada pelo primeiro-ministro Mark Rutte, considera que o objectivo das medidas adoptadas é ajudar os agricultores a diversificarem a natureza do negócio que desenvolvem, estimular a inovação, a revitalização dos mecanismos, sendo que em alguns casos deslocar fazendas que estejam inseridas em áreas consideradas reservas naturais, sendo a expropriação de terras a medida mais extrema para criadores de gado que não queiram cumprir com as decisões.

No entanto, se por um lado o governo holandês enfatiza os inúmeros riscos que as alterações climáticas representam para o país, justificando, por exemplo, o facto de terem sido interrompidas construções de projectos habitacionais, como resultado de veredicto do tribunal supremo sobre a acção movida por organizações de defesa do ambiente que lutam contra as emissões de gases de efeito estufa, por outro lado, a pressão sobre os agricultores visa reduzir as emissões de nitrogênio em 50% até 2030, condição que permitiria a retomada das referidas construções, consideradas importantes para dar resposta ao défice habitacional naquele país, um cálculo que para o fazendeiro Corne de Rooij, citado pelo Phys, revela o quanto "a agricultura se tornou vítima fácil".