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Opinião

A verdadeira face da diplomacia económica na era João Lourenço

Milagre ou Miragem?

Diplomacia económica é, sem dúvida, um dos principais chavões da actual governação em Angola. Afinal, quando o Presidente João Lourenço tomou posse, em Setembro de 2017, enfatizou que ela seria "(...) uma das mais importantes vertentes da nossa política externa, quer ao nível estritamente económico e comercial do relacionamento bilateral, regional e multilateral, quer na promoção da imagem do país no exterior, tanto de expectativa da exportação de bens e serviços, como na captação de investimento directo estrangeiro".

Não é surpreendente notar que quando se fala em investimento directo estrangeiro (IDE) ou financiamentos externos para o desenvolvimento, os especialistas rapidamente fazem uma colagem e dizem que qualquer ganho se enquadra numa estratégia mais alargada, i.e., na diplomacia económica levada a cabo "exemplarmente" pelo Chefe do Executivo.

Todavia, notamos que, talvez pela exiguidade dos dados disponíveis, não é possível auferirmos os resultados concretos desta estratégia. Ainda assim, num estudo recente onde analisamos as tendências do investimento privado, tendo como pano de fundo as novas dinâmicas geradas pela diplomacia económica da governação, notamos que os resultados ainda não são os mais desejados. O discurso político dá uma maior ênfase às visitas de Estado e pouca atenção é dada ao impacto na economia angolana. Por isso, não nos surpreendeu notar, no nosso estudo com base nos dados do INE e do BNA, que hoje, além da petrodependência, o destino das exportações de Angola está concentrado numa única região, isto é o continente asiático e, essencialmente, em dois países: China e Índia. Este facto torna a já delicada posição da economia angolana ainda mais fragilizada, como mostra a situação da crise pandémica provocada pelo SARS-CoV-2.

(Leia o artigo integral na edição 627 do Expansão, de sexta-feira, dia 04 de Junho de 2021, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)