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Opinião

O aparente equilíbrio no mercado cambial - Parte 02

Convidado

Não é crível que o BNA vá manter a sua política monetária restritiva por mais 12 meses. A economia não vai aguentar!

O mercado cambial continua a ser um dos mais dinâmicos na actual conjuntura económica do País e tem-se aprofundado à medida que são definidas novas regras e assistido a uma desconcentração, no lado da oferta, com participação cada vez mais residual do regulador na oferta de divisas e a manutenção da regularidade na realização dos leilões de divisas, por parte das empresas do sector dos petróleos, diamantes e do Tesouro Nacional.

Nestes termos, e como foi apresentado no texto anterior, a actual apreciação da taxa de câmbio do kwanza está a reflectir as condições de mercado, sendo que a oferta de divisas tem superado a procura. Assim, se os factores positivos do lado da oferta se mantiverem, as probabilidades da taxa de câmbio se manter nos actuais níveis e com uma depreciação num intervalo não superior a 50 kwanzas, nos próximos 12 meses, é real.

Por outro lado, se as expectativas de condições de procura registarem melhorias poderá assistir-se uma moderação nos níveis de depreciação assistida em Setembro, porém insuficientes para evitar que, pela primeira vez, depois da introdução do regime de taxas de câmbio livre, o kwanza apresente uma relativa apreciação face às principais contrapartes. A nível de estabilidade macroeconómica, ainda existem relevantes desafios a serem vencidos, fundamentalmente com a evolução dos níveis de preços e as perspectivas de crescimento da economia que ainda se apresentam como riscos à manutenção da apreciação da taxa de câmbio.

* Economista

(Leia o artigo integral na edição 647 do Expansão, de sexta-feira, dia 22 de Outubro 2021, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)