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Opinião

O crédito à economia no contexto da política monetária restritiva

Opinião convidado

Foi com grande atenção que assisti à entrevista do governador do BNA. Com destreza, soube corresponder às perguntas ou preocupações levantadas pelo entrevistador, onde realçou como objectivo principal da instituição que dirige a estabilidade de preços, sem descurar outras atribuições relacionadas com a sua actividade.

Jovem, cuja porta de entrada na banca foi o BPC, e com quem tive o privilégio de trabalhar numa unidade acompanhada pelo actual governador, aquando da sua passagem pelo referido banco. Refiro- me à SFU - Struture Finance Unity, uma simbiose entre a KWORUM LTD (Graham Hurst, Raoul Van Deursen, Mauro Barradas, Jean Paul Ngame, George Sherrel IV e Carlos Arroja) e o BPC, que se dedicava a realizar operações especiais estruturadas, consubstanciadas na gestão das linhas de crédito disponíveis nos bancos correspondentes, isto do BPC (Deutsche Bank, BHF-Bank, Commerzbank, Byblos Bank, FNB), entre outros. Ali eram acomodadas as operações tanto do BPC como do governo, com foco nos segmentos corporativo e Institucional, dos sectores de telecomunicações e petrolífero, como a UNITEL, Angola Telecom (projecto Adones), Chevron, consideradas como as nossas "blue chips" (são acções muito procuradas devido à sua liquidez, pela facilidade em converter um activo em dinheiro, de empresas tradicionais, com boa reputação no mercado financeiro). Portanto, também talhado pelo BPC.

Quanto à política monetária deu-me a perceber que as medidas no sentido restritivo continuarão, uma vez ter justificado que não é por uma política expansionista que aumentaria o crédito na economia angolana, que traria como consequência o excesso de liquidez, e, com isto, aumento da inflação e, concomitantemente, subida da taxa de juro no mercado.

*Economista e docente universitário

(Leia o artigo integral na edição 657 do Expansão, de sexta-feira, dia 14 de Janeiro de 2022, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)