Esta campanha de marketing dos diamantes naturais tem arranque previsto para este ano, "antes da época de vendas de pico", segundo comunicado saído da reunião realizada esta semana, em Luanda, que juntou ministros de países africanos produtores de diamantes e especialistas internacionais do sector. E segundo o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, trata-se de um investimento estratégico para o futuro da indústria.

"É um investimento moral principalmente para as pessoas cujas vidas dependem da sua sustentabilidade. E é também uma afirmação colectiva de que acreditamos no valor dos diamantes naturais, não apenas como mercadorias, mas como agentes de transformação", disse Diamantino Azevedo no final do encontro.

O acordo de Luanda reconhece a contribuição significativa que os diamantes naturais continuam a fazer para comunidades e nações, assim como os desafios que a indústria enfrenta, desde a evolução das dinâmicas globais da indústria até à crescente produção de sintéticos.

Os diamantes sintéticos têm afectado negativamente o preço dos diamantes naturais e nos Estados Unidos já velem metade do mercado. Isto tem condicionado a venda da produção nacional e originando o stock de quantidades significativas desta pedra preciosa em alguns países, como Angola.

Em Janeiro, a Endiama divulgou que estavam guardados três milhões de quilates de diamantes para serem vendidos. E a espera de melhor momento para a comercialização, face a volatilidade nos mercados internacionais provocado pelo aumento do consumo de diamantes artificiais. Situação que não terá se alterado, já que esta semana o ministro Diamantino Azevedo voltou a falar que o País tem diamantes em stoks, apesar de não avançar a quantidade.

Segundo o relatório de execução orçamental relativo ao primeiro trimestre do ano, publicado recentemente pelo Ministério das Finanças, as exportações de diamantes entre Janeiro e Março, corresponderam a 391,7 milhões USD.