Saltar para conteúdo da página

Logo Jornal EXPANSÃO

EXPANSÃO - Página Inicial

Economia

Banco Mundial revê em baixa previsão de crescimento de Angola para 2,3%

Face aos 2,7% previstos em Abril

Esta previsão coloca Angola abaixo do crescimento da região, que segundo o Banco Mundial deve crescer 3,2% este ano. Os economistas do Banco estimam ainda que Angola cresça 2,6% em 2026 e 2,8% em 2027, com a inflação a ficar acima de 20% este ano, descendo depois para 14,7% e 12,6% nos dois anos seguintes.

O Banco Mundial reviu em baixa a previsão de crescimento da economia angolana para 2,3%, o que representa um corte de 4 pontos percentuais f face aos 2,7% estimados em Abril, ao mesmo tempo, estima expansões abaixo de 3% até, pelo menos, 2028, devido à evolução do sector petrolífero.

Os números foram divulgados hoje em Washington, no relatório Pulsar de África, nas vésperas dos Encontros Anuais do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial, que decorrem para a semana.

"Depois de um forte crescimento em 2024 [de 4,4%], a economia de Angola abrandou no primeiro semestre de 2025, com o PIB a crescer apenas 2,3%, devido à contínua contracção do sector petrolífero", lê-se no relatório

Assim, os economistas do Banco estimam que Angola cresça 2,6% em 2026 e 2,8% em 2027, com a inflação a ficar acima de 20% este ano, descendo depois para 14,7% e 12,6% nos dois anos seguintes. "A recuperação da actividade económica foi impulsionada principalmente pelas actividades não petrolíferas, particularmente nos sectores da informação e comunicação, alojamento e serviços de restauração, extracção de diamantes e minerais metálicos e indústria transformadora", apontam os analistas, que alertam, ainda assim, que "a produção de petróleo diminuiu devido ao esgotamento dos campos petrolíferos após anos de desinvestimento".

Angola, de resto, vai crescer sempre abaixo da média regional da África Oriental e Austral, a divisão geográfica que o Banco Mundial usa nos seus relatórios; assim, enquanto a região cresce 3,2% este ano e acelera para uma média de 4,1% em 2026 e 2027, Angola fica abaixo dos 3% e, tal como África do Sul, prejudica a média da região.

Para além de ter um crescimento menor que a da região, Angola compara mal com os seus pares também na inflação, já que o Banco Mundial lembra que, depois de um pico de 9,3% em 2022, no seguimento da pandemia de covid-19, a subida dos preços desceu para 4,5% no ano passado e deverá rondar os 4% neste e no próximo ano.

Angola, por seu lado, está entre os nove países, incluindo o lusófono São Tomé e Príncipe, que manterão a inflação acima dos 10% este ano.

Logo Jornal EXPANSÃO Newsletter gratuita
Edição da Semana

Receba diariamente por email as principais notícias de Angola e do Mundo