Saltar para conteúdo da página

Logo Jornal EXPANSÃO

EXPANSÃO - Página Inicial

Economia

Brent volta a estar acima de 75 USD

SEMANA DE 13 A 18 DE JUNHO

Conflito Israel-Irão impulsiona petróleo para máximos de 20 meses, com receios sobre o Estreito de Ormuz a pressionar a oferta. Bolsas recuam face à instabilidade, enquanto investidores procuram refúgio em activos como o ouro.

Na sequência dos ataques entre Israel e o Irão iniciado na passada sexta-feira, retornaram as preocupações dos investidores nos mercados sobre possíveis disrupções na logística de fornecimento e sanções mais rigorosas contra os produtores de petróleo da região.

Em resposta, os preços do barril de petróleo negociavam, até quarta-feira, com ganhos de mais de 14%, tendo ultrapassado a fasquia dos 75 dólares no mercado de Nova York e chegando perto de 80 dólares em Londres. Trata-se dos níveis mais altos desde Outubro de 2023, altura em que teve início o conflito Hamas-Israel. Posteriormente, os preços do petróleo corrigiram ligeiramente para baixo devido à notícia de que, as infra-estruturas de exportações iranianas até ao momento não foram afectadas.

Entretanto, os investidores incorporavam também aos seus investimentos o risco de uma possível interrupção no Estreito de Ormuz, localizado entre o Irão e Omã, uma rota por onde passa cerca de 20% do petróleo mundial. Um eventual bloqueio, motivado por tensões militares ou sanções, poderia limitar a oferta global de crude e os preços facilmente poderiam ultrapassar os 100 dólares por barril.

A instabilidade geopolítica no Médio-Oriente levantou também receios sobre uma possível recessão económica global, com efeitos sobre o mercado accionista. Na Europa, o índice Euro Stoxx 600 teve uma queda semanal de 0,70% para 541,12 pontos, ao passo que nos EUA, os índices tiveram uma semana mista, com o NYSE a recuar 0,31% e o Nasdaq a subir cerca de 0,6%.

No mercado cambial, o par EUR/USD subiu perto de 1%, negociando em torno de 1,15 dólares, reflectindo uma cautela dos mercados à medida em que se antecipa a manutenção das taxas de juro directoras dos EUA, no intervalo entre 4,25% e 4,50%. Já o ouro, tradicional refúgio em tempos de incerteza, subiu acima de 1%, para 3 387,39 dólares por onça.

Por fim, realce para o mercado de criptomoedas, onde o índice BGCI Bloomberg Galaxy registou uma desvalorização acima de 7%, pressionado pela aprovação de uma legislação nos EUA para regulamentar as criptomoedas indexados aos activos tradicionais, como o dólar (stablecoins), visando dar maior legitimidade ao sector cripto e proteger investidores. De referir que a lei gerou debate político e críticas sobre possíveis conflitos de interesse, especialmente envolvendo o presidente dos EUA e lucros com a stablecoin USD1.

Logo Jornal EXPANSÃO Newsletter gratuita
Edição da Semana

Receba diariamente por email as principais notícias de Angola e do Mundo