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Angola leva nova política diamantífera à conferência "Africa Down Under"

Sector mineiro

Angola estará representada, a partir de amanhã, quarta-feira, na conferência "Africa Down Under", o maior evento de promoção do sector mineiro africano fora do continente, que decorre até dia 31, em Perth, na Austrália.

A delegação angolana, liderada pelo secretário de Estado da Geologia e Minas, Jânio Correia Victor, irá dar a conhecer internacionalmente a nova política diamantífera do País e atrair investidores para novos projectos.

A nova Política de Comercialização de Diamantes, publicada em Julho, acabou com os clientes preferenciais na compra das pedras preciosas angolanas, permitindo às empresas diamantíferas presentes no País vender livremente até 60% do total da produção.

Desde 2007, as produtoras de diamantes que operam em Angola perderam 5 mil milhões USD em receitas brutas com o modelo de negócio em vigor, que obrigava à venda aos clientes preferenciais impostos pela empresa pública SODIAM, que compravam os diamantes com descontos na ordem dos 30% face aos preços do mercado.

No novo sistema de comercialização de diamantes brutos é definido que a venda pelos produtores a "empresas indicadas ou por elas detidas" é possível "de acordo com a cota autorizada até 60% da produção".

A comitiva enviada à "Africa Down Under" inclui Laureano Receado Paulo, administrador para o Planeamento Estratégico e Operações Mineiras da Empresa Nacional de Diamantes de Angola (ENDIAMA), empresa estatal que pretende também "apresentar os benefícios que o código mineiro oferece a empresas que pretendam actuar no subsector dos diamantes".

Na agenda do encontro está a participação do secretário de Estado num dos painéis da conferência, na manhã de sexta-feira, e a realização de um encontro entre a ENDIAMA e Stephen Wetherell, CEO da Lucapa Diamond Mining, empresa que já opera em Angola, no Projecto Lulo, localizado na Província da Lunda-Norte.

Em 2017, a ADU contou com a participação de mais de 1.000 delegados de 40 países, incluindo ministérios de mineração e delegações governamentais de 19 países africanos, entre eles Angola, que puderam assistir às apresentações de 60 oradores e visitar 67 expositores.