Como será o dia seguinte ao fim da bicefalia na liderança dos destinos do País?
Entre militantes e especialistas em política as expectativas são muitas e todas apontam numa lógica de mudança em várias esferas de poder, não só do partido e do núcleo duro, mas sobretudo no Governo de João Lourenço, que vê no dia seguinte a consolidação do seu poder.
Só João Lourenço saberá como será o "dia a seguir" ao VI Congresso extraordinário que decorre este sábado e que assinala o fim da chamada liderança bicéfala nos destinos do País e do partido que está no poder há quase quatro décadas. Com a saída de Eduardo dos Santos da vida política activa, são muitas as expectativas dos militantes do MPLA. Há quem anteveja alterações profundas quer no Bureau Político quer até no próprio Governo, e há quem prefira esperar para ver.
A ordem de trabalhos é clara: "Conclusão do processo de transição política na presidência do MPLA" com três itens: Informação sobre o processo de transição política no MPLA; Eleição do presidente do MPLA; Aprovação dos documentos finais. De acordo com os estatutos do MPLA, mesmo tratando-se de um congresso extraordinário, como é o caso, nada invalida que se proceda à eleição do comité central, no entanto, teria que estar consagrado na ordem de trabalhos. O que não acontece. Desta forma, segundo os estatutos, o congresso servirá apenas para a passagem de testemunho entre o passado e o presente do partido.
Entre militantes e especialistas em política consultados pelo Expansão, as expectativas são muitas e todas apontam numa lógica de mudança em várias esferas de poder, não só do partido e do núcleo duro, mas sobretudo no Governo de João Lourenço, que vê no dia seguinte a consolidação do seu poder absoluto.
(Leia o artigo integral na edição 489 do Expansão, de sexta-feira 7 de Setembro de 2018, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)