Homens feministas: a oportunidade da contradição
Quando começou o feminismo a ter uma conotação negativa? Será que foi quando as mulheres foram para as ruas exigir o direito a voto, à educação, a não serem mutiladas ou abusadas (...), no fundo a querer ter uma voz? Na semana passada, perguntei a vários homens e mulheres o que significava feminismo. A maioria pensava que era o contrário de machismo. Mas não é.
Este artigo é para homens. Mas também não faz mal nenhum às mulheres lerem. É para os homens porque é do seu interesse. Porque a igualdade de género é do melhor que há para os homens.
Estudos demonstram que quanto mais igualitários são os países, mais felizes são os seus cidadãos. Da mesma forma também se provou que nas empresas quanto maior é a igualdade de género, maior é a produtividade dos seus colaboradores. Como em tudo, nas relações pessoais passa-se o mesmo. Quanto mais igualitárias são as relações mais felizes são os seus parceiros e logo, mais felizes são os homens.
Que quer dizer relação igualitária? Relações igualitárias não são necessariamente iguais. Os homens e as mulheres são diferentes. Se é verdade que só as mulheres podem ter filhos, os homens têm em geral mais força, e por aí fora. Não devemos negar as nossas diferenças. Cada indivíduo é diferente e único, com gostos diferentes, vontades diferentes e ambições diferentes. Não são as diferenças que nos devem separar, mas sim unir e abrir o diálogo na inclusão.
Talvez a palavra mais importante seja partilha. A partilha das responsabilidades - que começa em casa, nas tarefas domésticas, na educação das crianças.
É sabido que a maioria dos trabalhos domésticos é feito pelas mulheres. Cada vez mais mulheres têm trabalhos que lhes ocupam o dia, fora de casa. Quando regressam, terem de fazer tudo sozinhas deixa-as cansadas, irritadas, mais facilmente discutem e mais tristes vivem. (...)
(Leia o artigo integral na edição 514 do Expansão, de sexta-feira, dia 7 de Março de 2019, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)