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PIB africano perde 2,4 biliões USD por ano devido a doenças

RELATÓRIO DA OMS ANALISA CUSTO DAS DOENÇAS NA PRODUTIVIDADE

Doenças de vários tipos são anualmente responsáveis pela diminuição da qualidade de vida e da produtividade em África. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2015, os habitantes de 47 países perderam prematuramente quase 630 milhões de anos vida. Em Angola, a média per capita foi 347 dias de vida saudável.

Os mais de 993 milhões de habitantes dos 47 países da Região Africana da Organização Mundial de Saúde (OMS) perderam, em 2015, cerca de 630 milhões de anos de vida saudável devido às doenças, o que resultou numa perda estimada em mais de 2,4 biliões USD internacionais (unidade monetária hipotética que tem o mesmo poder de compra que o USD) no valor do Produto Interno Bruto anual da região.

Os dados constam no relatório "Um fardo pesado: O Custo da Doença para a Produtividade em África", lançado durante o segundo Fórum Africano de Saúde da OMS, realizado na semana passada em Cabo Verde, mas não incluem os seis países africanos que pertencem à Região do Mediterrâneo Oriental da OMS, nomeadamente Marrocos, Tunísia, Líbia, Egipto, Sudão e Somália.

O documento analisa o indicador de anos de vida perdidos prematuramente ajustados pela incapacidade ou DALYs (do inglês Disability Adjusted Life Years), uma fórmula que resulta da soma dos anos de vida perdidos, medidos através da mortalidade prematura e dos anos vividos com incapacidade.

Em média, cada um dos 993 milhões de habitantes terá perdido 231 dias da sua vida saudável, com o país mais afectado a ser a República Centro Africana, que terá visto cada um dos seus nacionais a perder um ano de vida saudável. Angola surge em terceiro lugar na tabela de DALYs per capita, com 0,95, o que equivale à perda de quase 347 dias de vida saudável.

O país melhor classificado foi Cabo Verde, com a OMS a calcular a perda de apenas 25% de um ano de vida saudável em 2015. No entanto, mais de metade dos DALYs concentram-se nos países mais populosos deste grupo, como a República Democrática do Congo, a Etiópia, a Nigéria, a África do Sul e a Tanzânia.

Em causa estão, sobretudo, doenças não transmissíveis, que já ultrapassaram as doenças infecciosas como a maior causa de redução da produtividade, representando 37% do fardo da doença. Outros responsáveis pela perda de anos de vida saudável são as doenças transmissíveis e parasitárias; os problemas maternos, neonatais e relacionados com a nutrição; e as lesões.

Segundo a OMS, quase metade do valor de produtividade perdida poderá ser evitado em 2030 se forem alcançados alguns dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 das Nações Unidas. (...)


*com Lusa


(Leia o artigo integral na edição 518 do Expansão, de quarta-feira, dia 3 de Abril de 2019, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)