Em qualquer organização, as pessoas vêem nos seus líderes os exemplos a seguir. Em qualquer país, o povo vê também nos seus líderes, os exemplos a seguir. Neste ponto é ainda mais complexo, porque se nas organizações, quando um líder sai e entra outro, a norma é esquecer quem sai e apenas se focar em quem fica. Nos países é diferente. E num País como Angola ainda mais diferente é, devido à sua história e, ainda mais importante, em relação ao seu presente e futuro.

Angola teve em José Eduardo dos Santos um líder por cerca de 40 anos. Foi muito mais que um Presidente. É muito mais que um simples indivíduo desde que deixou o poder. Foi a pessoa que liderou o fim de vários conflitos, liderou a reconstrução do País, deu visibilidade a Angola no mundo. Teve um papel preponderante na recuperação de uma nação emergente e que hoje tem uma importância acrescida em África e no Mundo.

Obviamente que seria impossível, em tantos anos, ter nomeado apenas pessoas sérias e comprometidas com o País. A verdade é que, obscenamente, muitos políticos enriqueceram de forma muito pouco transparente, mas isso, como é natural, deixo à justiça a sua actuação.

Também é por demais evidente que alguns lugares políticos e/ou negócios que a sua família foi ocupando foram deixando rastos de dúvidas e de alguma indignação. Talvez uns justamente, mas outros talvez não.

Muito se pode dizer de Isabel dos Santos, mas não há ninguém no País que tenha criado tanta riqueza e emprego para Angola e para o seu povo. E isso importa reconhecer. É muito fácil dizer mal, pena ser difícil dizer bem. (...)

(Leia o artigo integral na edição 520 do Expansão, de quarta-feira, dia 18 de Abril de 2019, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)