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BPC subavalia crédito malparado nas contas de 2018

REVELA AUDITOR INDEPENDENTE

A consultora escolhida para auditar as contas do BPC em 2018 reafirma o que a auditora às demonstrações de anos anteriores, a UHY, já tinha apontado. O crédito incobrável é maior do que o referido pelo BPC e por isso as provisões deveriam ser maiores. Se as provisões fossem maiores, os prejuízos seriam também maiores.

O Banco de Poupança e Crédito (BPC) voltou a subavaliar o crédito malparado nas suas demonstrações financeiras já que não fez provisões suficientes para crédito de cobrança duvidosa no relatório e contas de 2018, revela o novo auditor independente, a Crowe, que deixa o alerta para a possibilidade de ter que ser aplicado o artigo 37.º do Código das Sociedades Comerciais, em que o Estado terá que injectar capital para impedir a redução do capital social ou até a dissolução do banco.

Na prática, a consultora escolhida para auditar as contas do BPC em 2018 reafirma o que a auditora às demonstrações de anos anteriores, a UHY, já tinha apontado, nomeadamente quanto à insuficiência de provisões para crédito de cobrança duvidosa. Ou seja, o crédito incobrável é maior do que o referido pelo BPC e por isso as provisões deveriam ser maiores. Se as provisões fossem maiores, os prejuízos seriam também maiores.

De acordo com o relatório e contas 2018 publicado esta semana no Jornal de Angola, o banco reduziu os prejuízos em 63%, passando de -73,1 mil milhões Kz em 2017 para -26,7 mil milhões Kz no ano passado. Os depósitos do banco que tem um capital social de 396,2 mil milhões Kz cresceram 20,2% para 1,2 biliões Kz, enquanto a carteira de crédito diminuiu quase 40%, passando de 1,1 biliões Kz em 2017 para 684,4 mil milhões Kz. Para a descida do crédito contribuiu a "transferência para a Recredit" de malparado avaliado em 298 mil milhões Kz, de acordo com um comunicado do banco. Só que a Recredit, o "banco mau" do BPC, só pode adquirir crédito que seja considerado recuperável. (...)


(Leia o artigo integral na edição 522 do Expansão, de quarta-feira, dia 3 de Maio de 2019, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)


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