Saltar para conteúdo da página

Logo Jornal EXPANSÃO

EXPANSÃO - Página Inicial

Angola

Empresa dos EUA acusa Angola de falhar acordo de 47,5 milhões USD

CONGRESSISTAS NORTE-AMERICANOS ESCREVEM A JOÃO LOURENÇO

Empresa Africa Growth Corporation (AFGC) reclama incumprimento do alegado acordo negociado a 12 de Fevereiro, em Lisboa, pela subprocuradora Eduarda Rodrigues Neto, da Procuradoria-Geral da República, na qualidade de "mandatária" do presidente João Lourenço.

A empresa norte-americana que iniciou um processo nos EUA contra o Governo angolano, devido a alegadas fraudes e expropriações efectuadas por elementos ligados ao anterior regime, reclama que a Procuradoria-Geral da República (PGR) e o Governo não cumpriram o acordo extrajudicial negociado em Fevereiro, em Lisboa, entre representantes da Africa Growth Corporation (AFGC) e uma procuradora "emissária do presidente João Lourenço".

A denúncia do incumprimento do acordo está expressa numa carta dirigida, a 1 de Maio, pelo congressista Christopher Smith ao Presidente Lourenço, na qual este membro republicano da Câmara dos Representantes do Congresso norte-americano revela preocupação por "práticas corruptas" que possam afectar investidores americanos e apela ao titular do poder executivo que "relance os esforços para resolver este caso e recupere o acordo negociado".

Em causa, explica, está o incumprimento do alegado acordo negociado a 12 de Fevereiro pela subprocuradora Eduarda Rodrigues Neto, da PGR, que se terá apresentado como "mandatária" de João Lourenço e com autoridade para pôr cobro à disputa que a AFGC e as suas subsidiárias mantêm com Angola desde 2017, após terem sido "vítimas de roubo e de práticas corruptas por parte de agentes do anterior Governo", que são acusados de "conspirar para furtar propriedades através da apropriação fraudulenta de empresas angolanas detidas pela AFGC", cujos empreendimentos foram "ocupados fisicamente com recurso a ameaças e violência", explica o congressista.

O caso tem sido notícia nos últimos anos, sobretudo depois das denúncias da empresa, iniciadas em 2017, de "conspiração, fraude e apropriação violenta de propriedades" por parte do General António Francisco de Andrade, do filho, capitão Miguel Andrade, e da filha, a procuradora Natasha Andrade Santos, com alegado apoio do ex-governador de Luanda, o General Higino Carneiro, e do ex-PGR, General João Maria de Sousa. (...)

(Leia o artigo integral na edição 523 do Expansão, de quarta-feira, dia 10 de Maio de 2019, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)

Notícia relacionada:
AFGC reforça 'lobby' internacional contra "inacção" de Angola
Governo queixa-se de chantagem mas AFGC diz ter "provas de acordo"