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Angola

Governo queixa-se de chantagem mas AFGC diz ter "provas de acordo"

MINISTRO DA JUSTIÇA DESMENTE ACORDO COM EMPRESA NORTE-AMERICANA

Dois procuradores angolanos reuniram em Lisboa com representantes da Africa Growth Corporation (AFGC), mas o resultado do encontro tem versões diferentes: a empresa diz que Angola aceitou pagar 47,5 milhões USD de indemnização, mas o Executivo e a PGR negam ter aceite qualquer acordo.

O Ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, em nome do Executivo, negou esta quinta- -feira, em conferência de imprensa, que a Procuradoria-Geral da República (PGR) tenha negociado o pagamento de 47,5 milhões USD de indemnização à empresa Africa Growth Corporation (AFGC), como avançado pelo Expansão na última edição, num exclusivo que o governante diz conter "falsidades e deturpações de má-fé" divulgadas pela empresa, mas que o Governo "estrategicamente" não quis esclarecer antes da publicação.

Segundo Francisco Queiroz, "o Estado está a ser vítima de um ataque à sua reputação e bom nome" através de uma "estratégia de pressão" encetada pela AFGC, que é acusada pelo Executivo de "pensar que é mais fácil extorquir dinheiro do Estado do que negociar (...) ou mesmo intentar acções ou agir legalmente contra a empresa privada angolana sua parceira comercial", a Ausral, propriedade da família Andrade, que terá "prejudicado os interesses comerciais" da empresa norte-americana.

Em causa estão versões diferentes sobre negociações realizadas em Lisboa, a 12 de Fevereiro, que a AFGC continua a assegurar que resultaram na aceitação de um acordo por parte de dois procuradores angolanos, "mandatados por João Lourenço" para resolverem a disputa que se arrasta desde 15 de Novembro de 2017, data em que a empresa iniciou uma acção legal, nos EUA, contra o Estado angolano, o ex-governador de Luanda, o ex-PGR, e ainda o General António Francisco de Andrade (presente na conferência de imprensa), a filha Natasha Andrade, e o filho Miguel Andrade, até então parceiro comercial das subsidiárias nacionais da AFCG, empresa que se diz vítima de "expropriação" de investimentos na Ilha de Luanda. (...)


(Leia o artigo integral na edição 524 do Expansão, de quarta-feira, dia 17 de Maio de 2019, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)

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