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Quatro mil milhões USD foi o limite do Estado para resgatar o BPC

PLANO DE REESTRUTURAÇÃO

Entre aumentos de capital e malparado deslocado para a Recredit vão quase 800 mil milhões Kz. Banco já fechou 74 dependências bancárias e terminou com 550 postos de trabalho.

"A capacidade do Estado para socorrer o o Banco de Poupança e Crédito (BPC) terá mesmo atingido o seu limite", disse, na semana passada, o ministro das Finanças, Archer Mangueira, durante a cerimónia de posse do novo conselho de administração do banco.

Este "limite" são quase 800 mil milhões Kz, de acordo com contas do Expansão, valores apurados entre aumentos de capital e compra de crédito malparado por parte da Recredit. De 2016 para cá, o Estado já injectou 568,8 mil milhões Kz, mas para este ano estão ainda previstos mais 230 mil milhões Kz, endividando-se em 180 mil milhões Kz para aumentar o capital social da instituição e 50 mil milhões Kz para lhe comprar crédito malparado, de acordo com o Plano Anual de Endividamento 2019.

"Se o BPC falisse, muitos perderiam os seus postos de trabalho, as consequências directas para os trabalhadores e para os seus clientes teriam sido dramáticas", disse Archer Mangueira. Entretanto, o novo presidente do conselho de administração, André Lopes, coloca a concessão de créditos nas prioridades, mas também o plano de reestruturação do banco, abrindo portas à dispensa de trabalhadores, apostando na saída daqueles que se encontram na idade da reforma ou próximos dessa idade.

Nota da redacção

Na edição passada, o Expansão avançou erradamente o nome de alguns membros exonerados pelos accionistas - diga-se o Estado - do BPC. Na realidade, foram exonerados o então PCA Alcides Safeca, os administradores executivos Pedro Pitta Groz, Óscar Rodrigues, Fernando Heitor, Teresa Matozo Agostinho e os não executivos Djamila Prata, Júlio Correia e Naiole Cohen Santos.

Contrariamente ao que o Expansão avançou na edição 529, Carlos Rodrigues, Adilson Catala e Carlos Borges já não eram administradores do BPC quando foi exonerado o conselho de administração liderado por Alcides Safeca. Aos visados e aos leitores as nossas desculpas.


(artigo publicado na edição edição 530 do Expansão, de sexta-feira, dia 28 de Junho de 2019, disponível em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)