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Banco Central da Nigéria pressiona bancos a dar crédito

COMO EM ANGOLA, BANCOS TÊM OPTADO POR DIVIDA PÚBLICA

Com a crise dos preços do petróleo em 2014, várias instituições bancárias nigerianas debateram-se com elevados níveis de crédito malparado. Parte dos lucros dos bancos resulta do retorno do investimento em dívida pública e não da actividade bancária, penalizando a actividade económica do País.

O Banco Central da Nigéria quer que os bancos comerciais concedam mais crédito à economia e já vai avançar com sanções para inverter o quadro em que as instituições bancárias têm optado por canalizar os recursos para investimentos em dívida pública, à semelhança do que tem acontecido em Angola.

De acordo com uma circular do banco central nigeriano, de 3 de Julho, as instituições bancárias que não cumprirem os rácios mínimos de crédito/depósitos de 60% até Setembro estão obrigados a aumentar as suas reservas mínimas.

O banco central pretende, com esta e outras medidas, impulsionar o crédito às empresas e consumidores, que tem vindo a cair desde a recessão de 2016 (ver gráfico). Desse ano para cá, a Nigéria já regressou ao crescimento económico, mas os bancos praticamente não retomaram a concessão de crédito, já que o crescimento do PIB ainda é lento e as instituições bancárias têm optado por investir os seus recursos em dívida pública, que representam menos risco e maiores lucros.

O mesmo tem acontecido em Angola, em que uma grande parte dos lucros dos bancos resulta do retorno do investimento em dívida pública e não da actividade bancária, penalizando a actividade económica do País.

Assim, "o incumprimento dos rácios mínimos crédito/depósitos resultará" na obrigação da constituição de uma reserva adicional igual a 50% do défice do crédito de cada instituição bancária, refere o banco central. O novo rácio obrigatório sobre crédito será revisto trimestralmente, refere a agência noticiosa Reuters. "Não há como não vermos um aumento dos empréstimos problemáticos [malparados] com esta circular", disse um analista, citado pela Reuters. (...)


(Leia o artigo integral na edição 532 do Expansão, de sexta-feira, dia 12 de Julho de 2019, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)