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Opinião

Não existem "milagres" económicos!

Milagre ou miragem?

Foram com essas palavras que o Prof. Michael Best abriu a sua comunicação na conferência internacional subordinada ao tema Regular as Finanças para uma Economia Inovativa, realizada na SOAS, Universidade de Londres. Mike Best que é igualmente o autor do livro How Growth Really Happens defende que não existem milagres. O que existem são governantes que perceberam que para haver crescimento, tem que haver produção.

Hoje, a ideia de que Angola precisa de produzir para crescer voltou a fazer parte do discurso político. Todavia, apesar do Chefe do Executivo ter já assinalado na Cimeira sobre "O Futuro de África" realizada em Abu Dhabi, que África precisa de "industrializar-se para se desenvolver", notem que da nossa análise feita ao documento PRODESI, a palavra industrialização apenas aparece uma única vez na página 39 com referência ao milho para produção de gritz, farelo.

A frase "indústria transformadora" surge apenas uma única vez. Isso não deixa de ser interessante por reflectir a forma como os proponentes do PRODESI entendem a questão da diversificação. Fazendo uma análise ainda mais crítica do PRODESI, vemos que pretendesse que Angola produza e exporte também banana, café, rochas ornamentais, madeira, para além do petróleo e diamante o que é bom. Porém, o que Angola precisa é de deixar de essencialmente exportar bens primários.

O Executivo precisa de redefinir o que entende por diversificação da economia, isto é, trata-se de simplesmente aumentar o número de produtos à exportar ou mudar a base produtiva do País? Ao lermos na última edição do Expansão que o PRODESI estava a andar muito "devagarinho" e que não estaria a "cumprir metas" não nos surpreendemos. Surpreso, estamos por notar que apesar dos nossos sucessivos alertas2 apenas agora tal constatação é feita. (...)


(Leia o artigo integral na edição 534 do Expansão, de sexta-feira, dia 26 de Julho de 2019, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)