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Obiang atinge 40 anos de poder com o desafio da diversificação

QUEIXAS DE CORRUPÇÃO E DESIGUALDADE ENSOMBRAM PRESIDENTE DA GUINÉ EQUATORIAL

Com um PIB que encolheu para metade nos últimos sete anos, e enfrentando acusações de corrupção, nepotismo e perseguição política, Teodoro Obiang entra na galeria de chefes de Estado com mais de 40 anos de mandato, liderada em África pelo imperador etíope Haile Selassie.

Detentor de uma fortuna avaliada em 700 milhões USD, segundo a Forbes, Teodoro Obiang transformou-se, sábado, 3 de Agosto, no chefe de Estado eleito há mais tempo no poder, cumprindo 40 anos de presidência, marcados por acusações de corrupção, desigualdades sociais, queixas de perseguição à oposição e uma economia fragilizada pela queda do preço do petróleo, a sua principal fonte de receita.

Com uma taxa de crescimento negativa de -4, segundo projecção do Fundo Monetário Internacional (FMI) para 2019, Obiang entra no seu 40.º ano de mandato com grandes desafios para enfrentar a diminuição das receitas que entram no país, ditada, não só pela queda dos preços do petróleo, mas também pela redução da produção de crude, e reduzir a desigualdade social entre a população estimada em 1,2 milhões de habitantes.

A Guiné Equatorial fechou o ano de 2018 com um balanço de menos 8 000 barris de petróleo por dia, o que traduz uma redução de 6,02% face a 2017, segundo o relatório da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP), organismo a que aderiu em 2017.

Em 2018, o país produziu uma média de 125 000 barris de petróleo/ dia, uma redução face aos 133 000 contabilizados em 2017, mas mantém uma tendência de queda, o que levou o Governo a recorrer ao Banco Africano de Desenvolvimento (BDA) para apoiar a diversificação económica.

O executivo procura implementar um programa, assente na transformação agrícola, para procurar novas fontes de receita. E negoceia com o FMI um programa de assistência, para fortalecer as finanças públicas, que poderá passar por um apoio financeiro.

Com um PIB de 13,2 mil milhões USD, em 2018, segundo dados do Banco Mundial, a Guiné Equatorial viu cair quase para metade a sua receita, nos últimos seis anos. Em 2012, o PIB do país era de 22,3 mil milhões USD, o dobro da receita gerada em 2017 (12,2 mil milhões USD), tendo-se verificado uma ligeira melhoria em 2018, justificada com a recuperação do preço do barril de petróleo. (...)


(Leia o artigo integral na edição 536 do Expansão, de sexta-feira, dia 9 de Agosto de 2019, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)