Concertação e cooperação Estado - empresários: O que faltou no discurso de JLo?
A chave do sucesso de países, como a Coreia do Sul e Taiwan, foi a capacidade de o Estado mobilizar recursos e coordenar as actividades do empresariado local. Ao Estado coube a primazia de identificar os sectores, disponibilizar os recursos necessários e monitorizar a execução por parte do sector privado, i.e. o Estado teve uma política industrial.
Desta acção resultou o empenho dos empresários no rápido crescimento da indústria transformadora virada para o mercado externo. Hoje, vamos analisar o discurso do Presidente João Lourenço no fórum com os empresários nacionais, centrando-se naquilo que foi dito e no que está sendo feito dentro daquelas que são as funções do Estado num contexto onde se está a criar uma economia capitalista virada para o mercado.
O problema: Na visão de João Lourenço, "como consequência do facto de o País ter vivido um ambiente de recessão económica nos últimos 3 anos, os níveis de desemprego em Angola subiram."
A solução: Como remédio para o desemprego, o Chefe do Executivo defende que "só com o aumento do investimento poderemos voltar a crescer do ponto de vista económico, poderemos criar mais postos de trabalho e proporcionar aos angolanos, em particular à nossa juventude, melhores rendimentos e, por esta via, aumentar o seu bem-estar e o das suas famílias."
Em termos de acções concretas, o Estado, na função de mobilizador de recursos (internos, externos), tem sido bem-sucedido, como assinalou João Lourenço. A nível externo, "diversas instituições financeiras multilaterais, tais como o Banco Mundial, o Banco Africano de Desenvolvimento, a Agência Francesa de Desenvolvimento, entre outras, estabeleceram programas com o Executivo para dedicarem recursos para financiar projectos do sector privado em Angola."
Internamente, João Lourenço destaca que "o Banco Nacional de Angola orientou ainda os bancos comercias a concederem crédito para parte dos produtos priorizados pelo PRODESI, no montante mínimo equivalente a 2% do seu activo, cujos encargos de financiamento, incluindo os juros e comissões, não deverão exceder os 7,5%." (...)
(Leia o artigo integral na edição 536 do Expansão, de sexta-feira, dia 9 de Agosto de 2019, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)