Num universo de mais de 200 cursos espalhados pelas instituições do ensino superior do País, o direito é o curso que domina a opção dos estudantes matriculados em 2018, com 9.625 alunos na pública e 20.788 na privada, representando um crescimento ligeiro de 4% e 1% respectivamente face a 2017. Quanto ao número de alunos, a Universidade Agostinho Neto (24.145) e a Metodista de Angola (10.402) são as instituições que lideram.

Entre as várias razões para a escolha do curso que atrai a maior parte dos estudantes angolanos, a vice-reitora para a área académica da Universidade Católica de Angola, Maria Helena Miguel, aponta o prestígio de carreira e a falta de vontade de muitos em ingressar nas áreas das ciências, sobretudo por causa da matemática.

"Muitos fogem à matemática. Por outro lado, o prestígio da carreira pode ser apontado como principal ponto de atracção, porque dá um leque muito abrangente de saídas profissionais, pois muitos jovens sonham ser juristas, juízes, conservadores, enfim! Acho que estes dois factores explicam a constância do curso".

Apesar da aposta do Executivo estar voltada para as áreas que considera prioritárias, como as engenharias e os cursos tecnológicos, ciências sociais e ciências médicas, regista-se uma acção contrária entre o interesse dos alunos e a vontade do Estado.

(Leia o artigo integral na edição 537 do Expansão, de sexta-feira, dia 16 de Agosto de 2019, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)