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Opinião

Alguma coisa fazemos mal!

Milagre ou miragem?

No discurso feito na abertura do fórum com os empresários, João Lourenço pediu que estes "estabeleçam parcerias com empresas tecnologicamente mais avançadas, portadoras de know-how e que facilitem o acesso ao mercado internacional."

Apesar de encorajadora, esta solicitação perde de vista o facto de Angola ser uma economia em transição e, como tal, existe um papel essencial para o Estado mais do que aquele que define o PRODESI i.e. "regulador e coordenador".

A literatura ligada aos estudos de desenvolvimento mostra que um dos desafios que os países em desenvolvimento enfrentam é o facto de estarem a tentar desenvolver-se num contexto em que já existem outros países desenvolvidos e que passaram por esse processo num contexto global mais favorável.

Naquela altura havia menos preocupação com questões ambientais, recordamos aqui a poluição em cidades como Londres, havia um descuido em relação aos direitos cívicos de parte da população (ex. as mulheres e algumas minorias étnicas não tinham o direito ao voto). Não havia um controle rigoroso sobre os direitos de propriedade intelectual e respeito pelas patentes, assim surgiram marcas como a Samsung e Huawei.

A história económica mostra que através de um rápido processo de industrialização, implementado através de uma política industrial, vários países conseguiram atingir um alto nível de desenvolvimento. Neste quesito, João Lourenço disse na Cimeira sobre "O Futuro de África", em Abu Dhabi, que África precisa de "industrializar-se para se desenvolver". (...)

(Leia o artigo integral na edição 538 do Expansão, de sexta-feira, dia 23 de Agosto de 2019, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)