Com a paz e as desigualdades sociais na bagagem, o Papa Francisco chegou esta quarta-feira a Maputo, onde iniciou um périplo por África, que o levará também a Madagáscar e às ilhas Maurícias, dedicando as suas primeiras palavras, de solidariedade, às vítimas dos ciclones Ida e Keneth, que no início do ano devastaram o centro de Moçambique e que provocaram um abrandamento da economia para 1,4% este ano, segundo a consultora Fitch Solutions.

A viagem episcopal, que coincide com o arranque da campanha para as eleições gerais de 15 de Outubro, é a primeira desde a visita de João Paulo II, em 1988, ao país e surge numa altura em que Moçambique enfrenta uma crise da dívida e ainda ensaia os passos para a efectivação do processo de paz.

Dois temas que marcaram as intervenções do Chefe da Igreja Católica, desde que aterrou ao final do dia de quarta-feira, no aeroporto de Maputo, para uma visita de três dias, que termina sexta-feira, dia em que o Ministério do Trabalho decretou tolerância de ponto, na capital.

No seu primeiro discurso, o Papa Francisco criticou a "pilhagem e espoliação" em Moçambique e apelou ao desenvolvimento inclusivo, numa mensagem sem endereço identificado, mas que foi entendida como recado aos responsáveis governamentais, sobretudo quando se dirigiu para a plateia, composta por membros do Governo, titulares de órgãos de soberania e outras figuras políticas: "Moçambique é uma nação abençoada e vós especialmente sois convidados a cuidar desta bênção". (...)

(Leia o artigo integral na edição 540 do Expansão, de sexta-feira, dia 6 de Setembro de 2019, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)