TAAG dá o dito pelo não dito e 'obriga' passageiros a pararem em São Paulo
A partir de 1 de Novembro, a TAAG vai deixar de operar a rota Luanda-Rio de Janeiro e os passageiros viram-se impossibilitados de chegarem a esta cidade, via São Paulo, por outras companhias com bilhetes adquiridos na TAAG, como garantiu recentemente Rui Carreira, PCE da transportadora.
A transportadora aérea nacional deixou de vender bilhetes de passagem com destino à cidade do Rio de Janeiro, Brasil, com viagens válidas a partir de 1 de Novembro, contrariando assim a informação avançada há duas semanas pelo Presidente do Conselho Executivo (PCE), durante um encontro informal com a imprensa.
Na altura Rui Carreira avançou que a TAAG estava a ponderar a suspensão da rota Rio de Janeiro, devido à pouca procura, e passaria apenas a voar para a cidade brasileira de São Paulo, mas os passageiros poderiam continuar a comprar bilhetes de passagens com destino ao Rio de Janeiro e a partir de São Paulo faziam a ligação utilizando as companhias sul-americanas Latam e Gol, com quem a TAAG já tinha assinado acordos de partilha de lugares, os denominados codeshare.
Apesar desta garantia dada pelo PCE, a verdade é que a transportadora nacional está a comercializar bilhetes para o Rio de Janeiro apenas para viagens até ao dia 31 de Outubro. A partir de 1 de Novembro todos os passageiros estão a ser "obrigados" a adquirem passagem com destino final à cidade de São Paulo. Ou seja, a TAAG deixou de vender bilhetes para quem quer sair de Luanda para o Rio de Janeiro e até mesmo para quem sair do Rio Janeiro e pretenda regressar depois de Outubro. O único destino disponível é São Paulo.
O Expansão verificou que nos diferentes sistemas de venda da TAAG não está disponível a opção Rio de Janeiro e, pelo que conseguiu constatar, os passageiros que pretendam chegar ao Rio de Janeiro, por via aérea, a partir de São Paulo, terão que o fazer adquirindo o bilhete de viagem em uma outra companhia.
No encontro com a imprensa no passado dia 20 de Agosto Rui Carreira garantiu que a TAAG estava a "equacionar o fecho da rota Luanda-Rio, para reduzir custos, porque não há neste momento capacidade para manter dois destinos no Brasil". E afirmou que "a decisão não significaria que a TAAG deixaria de vender bilhetes para o Rio de Janeiro, nem é um abandono definitivo".
Mas quem já comprou bilhete de passagem para depois de 31 de Outubro teve uma realidade diferente da anunciada pelo Presidente da Comissão Executiva do TAAG. (...)
(Leia o artigo integral na edição 540 do Expansão, de sexta-feira, dia 6 de Setembro de 2019, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)