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Gestão

E as pessoas? (Parte 3)

Em análise

E, ao conservar-se o status quo, o fosso entre nós e as economias na linha da frente tenderá a aumentar, porque as pessoas capazes de liderar a transformação serão cada vez mais escassas e as existentes estarão concentradas num número pequeno de players, estrangulando assim o próprio processo de transformação impactando o desenvolvimento da economia.

O futuro é digital. Novas tecnologias - e.g. Inteligência Artificial; Automação; Internet das Coisas (IoT); Realidade Aumentada; Blockchain; 5G - dão diariamente origem a novos modelos de negócios, a novos produtos, a novos mercados e também a novos concorrentes, prometendo melhorar o serviço ao cliente, fomentar a eficiência, aumentar a produtividade e, em última análise, melhorar as nossas vidas.

As exigências e as expectativas que vêm com o digital são cada vez mais altas, mas para ter sucesso neste novo mundo as organizações devem ser capazes de se transformar para sobreviver. Mas os clientes, os funcionários, os cidadãos já não querem apenas que as empresas e governos sejam capazes de fornecer experiências superiores, querem que estas experiências sejam entregues de forma rápida e simples, e não restam dúvidas que as instituições que não estiverem disponíveis para se adaptarem a este novo mundo tornar-se-ão obsoletas.

Mas embora as oportunidades do digital sejam imensas, elas não constituem uma certeza de sucesso. Nem todos vão ser capazes de navegar as mudanças bruscas impostas por esta nova indústria e sobreviver. Entre as inúmeras variáveis que irão ditar o sucesso ou insucesso de muitos processos de transformação uma delas salta à vista: as pessoas. Ou para sermos mais precisos, a falta delas.

Não existem pessoas - com as competências necessárias e em quantidade suficiente - para responder às necessidades do mercado, pois à medida que estas novas tecnologias entram no nosso quotidiano e nos tornamos cada vez mais digitais, também aumenta a procura por profissionais com capacidade de tirar partido das diferentes opções tecnológicas e transformá-las em propostas de valor efectivas e não apenas meras promessas. (...)

*Associate Partner da KPM