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Empresas & Mercados

Avaliadas em 14,6 mil milhões de kwanzas foram vendidas apenas por 4,5 mil milhões

PRIVATIZAÇÃO DAS PRIMEIRAS CINCO EMPRESAS DA ZEE

O IGAPE vendeu o primeiro lote de empresas da ZEE por 30% do valor da sua própria avaliação. Uma delas, a Carton, foi entregue à Angolissar por apenas 3,3% do valor proposto no concurso.

O primeiro lote de cinco empresas da ZEE privatizadas por concurso público tinha um preço global de referência de 14.603 milhões kwanzas, mas as empresas acabaram por ser vendidas por apenas 4.512,2 milhões de kwanzas, 30,9% do valor inicial de licitação.

Duas explicações são possíveis - ou houve uma clara sobreavaliação das empresas ou a intenção é vender a qualquer preço.

Para o economista Galvão Branco, era uma situação previsível. "Acredito ser consensual que entre os operadores económicos existentes no mercado, não exista capital próprio suficiente para fazer face aos montantes estabelecidos como base da transacção, pelo que impõe-se optar pela venda ao maior preço de oferta, ao invés da manutenção da actual situação de absoluta inactividade ou pouca eficácia na exploração", explica.

O caso da Carton, uma empresa que está vocacionada para a produção de embalagem e caixas de cartão, é por demais significativo. A avaliação da empresa pelo IGAPE era de 3.026.326.177 kwanzas, acabou por ser vendida à Angolissar por apenas 100.220.000 kwanzas, somente 3,5% do valor de licitação, o que é difícil de explicar.

Galvão Branco dá a sua opinião: "Algumas das empresas seleccionadas, face ao seu objecto social e o posicionamento no mercado como é o caso, entre outros, das embalagens, não deveriam ser incluídas nesta aparente "campanha de saldos", optando-se por modelos de operação/gestão profissionalizada, tendentes a garantir a sua eficácia sobretudo em matéria de competitividade e qualidade". (...)


(Leia o artigo integral na edição 541 do Expansão, de sexta-feira, dia 13 de Setembro de 2019, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)