Saltar para conteúdo da página

Logo Jornal EXPANSÃO

EXPANSÃO - Página Inicial

Opinião

Analysis paralysis!

Milagre ou Miragem?

A expressão analysis paralysis que em português pode ser traduzida como "paralisia por análise" ou ainda "paralisia da análise" refere-se, normalmente, àquela situação em que o indivíduo (ou organização) fica analisando um dado problema em demasia sem nunca chegar a uma conclusão e/ou passar à acção. Assim tem sido o Executivo angolano no que diz respeito ao desenvolvimento de cadeias produtivas e de valor no sector produtivo nacional.

A 1ª vez que ouvimos um governante falar sobre cadeias produtivas foi antes das eleições de 2008, quando a então ministra do Planeamento, Ana Dias Lourenço, veio até à nossa instituição apresentar o programa de desenvolvimento de longo prazo "Angola 2025". Este documento de estratégia já previa a criação dos seguintes mega-clusters: Recursos Minerais, do Petróleo e do Gás Natural, Água, Florestal, Alimentação, Habitat, Têxtil - Vestuário - Calçado, Turismo e Lazer, Transportes e Logística. Porém, passados mais de 10 anos, o Executivo não foi capaz de desenvolver devidamente nenhum deles!
Num dos jornais diários1 online, chamou-nos a atenção a recente entrevista do actual secretário de Estado para a Economia, Sérgio Santos. Nesta entrevista, Sérgio Santos explica que, no âmbito do PRODESI, "neste momento, decorrem, em termos de produção, estudos de cadeia de valor." Mais adiante indicou que os estudos focalizavam-se nas "cadeias produtivas baseadas no domínio da agricultura, pecuária, floresta, pesca continental e aquicultura, para a transformação dos produtos por via da indústria." Ora bem, lembramo-nos de termos lido há alguns anos um documento do então Instituto de Fomento Empresarial, com o título "Empreender, Diversificar e Competir: Observatório da Competitividade Empresarial Angolana". Neste documento, encontramos na página 169 os 5 sectores que na altura eram apresentados como os de maior potencial de crescimento, a saber: agricultura e pescas, indústria transformadora, comércio, construção, petróleo e gás.


(Leia o artigo na integra na edição 544 do Expansão, de sexta-feira 04 de Outubro de 2019, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)