Saltar para conteúdo da página

Logo Jornal EXPANSÃO

EXPANSÃO - Página Inicial

África

Egipto retoma privatizações para novo empréstimo do FMI

PROGRAMA DE FINANCIAMENTO AMPLIADO DE 12 MIL MILHÕES TERMINA EM NOVEMBRO

Três anos e meio de austeridade, imposta por um programa de ajustamento macroeconómico financiado pelo FMI em 12 mil milhões USD - o maior financiamento dado a um país africano - colocaram a economia egípcia nos carris. Para atrair investimento estrangeiro, o governo negoceia agora com o fundo um novo programa.

O Egipto, que termina em Novembro um Programa de Financiamento Ampliado de três anos, financiado em 12 mil milhões USD pelo FMI, espera obter até Março um novo pacote de financiamento do Fundo Monetário Internacional, para prosseguir as reformas estruturais e atrair investimento estrangeiro, ao mesmo tempo que prossegue o programa de privatizações, a concluir em Junho de 2020, impulsionado pelo FMI.

"Já começámos a conversar com o FMI sobre um futuro compromisso e estabelecemos uma meta para terminar essa discussão até ao final de Março", revelou o ministro das Finanças egípcio à revista Euromoney. Mohamed Maait admite que o herói do programa de austeridade, que chega agora ao fim com o empréstimo mais elevado concedido pelo FMI a um país africano, foi o "povo egípcio", quem pagou o preço pelas reformas "muito difíceis" que tiveram de ser implementadas, mas anunciou uma descompressão pelas melhorias verificadas.

No início de Outubro, após 3 anos e meio de austeridade, o governo restabeleceu subsídios para dois milhões de pessoas, um primeiro sinal de que as autoridades "estão a adoptar uma postura mais flexível", como evidenciou James Swanston, analista da Capital Economics, notando que o executivo já tem margem para abrandar a política fiscal e aumentar o PIB em 0,5%, mantendo a dívida em níveis estáveis.

Enquanto prepara o programa de privatizações, com a venda de acções em oferta pública (IPO, na sigla em inglês), o governo trabalha com a Euroclear para permitir que a sua dívida seja liquidada fora do país. Uma decisão tomada com vista a atrair mais investidores internacionais e reduzir o custo da dívida em moeda local. (...)


(Leia o artigo integral na edição 548 do Expansão, de sexta-feira, dia 1 de Novembro de 2019, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)