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Opinião

Urbanizar a UNITA e a narrativa revanchista

Ideias&Visões

A eleição de Adalberto da Costa Júnior (ACJ) como terceiro presidente da UNITA mostra que o partido, criado por Jonas Savimbi, procura contextualizar-se aos novos tempos para se acomodar no xadrez político nacional.

A História mostra-nos que a UNITA construiu, ao longo do tempo, um discurso militarista, simbolizado pelo fundador e seguido por discípulos, carregado de semântica sectária que, em muitos casos, provocou no imaginário angolano uma aversão muito grande, principalmente, na população urbana.

A insistência nesse discurso, ao longo dos anos, criou incertezas e ameaças a inúmeros segmentos sociais. A linguagem fortemente estigmatizada, segmentária, de profundo cariz ruralista, amparado às origens do partido, penalizaram esta organização política.

A chegada de ACJ ao topo da hierarquia pode significar uma inversão desse passado. Talvez tenha sido isso mesmo que esteve na origem da sua eleição. Há, na própria UNITA, uma juventude em ascensão adaptada à vida urbana, distante das raízes belicistas do passado, que se mostra mais aberta ao contexto actual.

ACJ inicia, assim, uma etapa que se pode distanciar do extremismo, da incoerência e do carácter desestabilizador dos discursos que marcaram o partido, nos últimos anos, recheados de carga revanchista, agora simbolizados por Camalata Numa, Danda, Katchiungo e outros derrotados na corrida ao cadeirão maior da organização. (...)

(Leia o artigo integral na edição 552 do Expansão, de sexta-feira, dia 29 de Novembro de 2019, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)