Quatro em cada dez angolanos tem um nível de consumo abaixo da linha da pobreza
A incidência da pobreza nas áreas urbanas é de 30% e nas zonas rurais é de 57%. Luanda é a menos pobre, contrariamente à Huíla, Cunene, Cuando Cubango, Namibe, Cuanza Sul, Bié e Benguela.
Num universo de quase 30 milhões de habitantes, 12 milhões de pessoas são pobres, representando 41% da população, de acordo com os dados do inquérito de despesa e receitas divulgado, esta semana, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
O estudo, que contemplou inquéritos a 12.448 agregados familiares, seleccionados de forma independente em cada uma das 18 províncias, mostra que a incidência da pobreza nas áreas urbanas é de 30%, correspondente a 5,3 milhões, enquanto nas zonas rurais é de 57%, representando 6,6 milhões de pessoas pobres.
A província de Luanda é a menos pobre, contrariamente à Huíla, Cunene, Cuando Cubango, Namibe, Cuanza Sul, Bié e Benguela.
O consumo médio mensal por pessoa, segundo o inquérito, está estimado em 17.569 Kz.Entre as regiões, Luanda é a que possui um consumo médio per capita mais elevado com 26.528 Kz. Em sentido contrário, a região sul (Cunene, Cuando Cubango, Namibe, Cuanza Sul e outras) regista o consumo mais reduzido.
Em média, em todo o País, a linha que separa a pobreza para uma pessoa está estimada em 12.500 Kz mensais. Entretanto, as receitas das pessoas têm três fontes diferentes: salário; receitas não laborais; auto-consumo ou auto-abastecimento.
No entanto, a fonte de receita mais frequente são as receitas laborais. Quanto às desigualdades sociais, o inquérito mostra que é alta, com maior incidência nas áreas urbanas do que nas áreas rurais, embora a diferença não seja estatisticamente significativa. (...)
(Leia o artigo integral na edição 553 do Expansão, de sexta-feira, dia 6 de Dezembro de 2019, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)