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Opinião

Angola 2019: Muitas intenções e... poucas realizações!

Milagre ou miragem?

Mais um ano está a chegar ao fim, no entanto, para Angola 2019 poderá ser marcado pela 4ª recessão consecutiva. O País ficará com mais população e menos recursos por habitante. Por outras palavras, os angolanos ficarão mais pobres.

Apesar de termos começado o ano assinalando que o principal desafio do Executivo em 2019 seria dar início, de uma forma séria e articulada, ao processo de transformação da base produtiva da economia de Angola, somos a concluir que o Executivo ficou longe de materializar esse objectivo.

A necessidade que África, em geral e Angola em particular, tem de se industrializar voltou a fazer parte do discurso político. João Lourenço e outros líderes africanos foram convidados a participar em vários eventos internacionais. O Chefe do Executivo realçou, nestas ocasiões, a necessidade que África tem de se industrializar para transformar as suas matérias-primas, gerando assim mais emprego no continente e evitando a emigração vergonhosa e perigosa que muitos jovens hoje fazem em busca de melhores condições na Europa.

Revendo algumas das iniciativas direccionadas para o sector produtivo destacamos a substituição do Programa Angola Investe pelo Programa de Apoio ao Crédito, onde o foco tem sido a produção de 54 produtos identificados no âmbito do PRODESI. Tivemos ainda o Aviso 4/19 do BNA, orientando que a banca comercial reserve 2% do total dos seus activos no balanço a 31 de Dezembro de 2018 para o crédito ao sector produtivo e que o custo total do crédito não excedesse os 7,5%.

Ora bem, sendo a banca nacional controlada por accionistas ligados ao MPLA é legítimo esperar que João Lourenço, nas vestes de presidente do partido e Chefe do Executivo possa assegurar a redinamização do sector produtivo enquanto motor para o desenvolvimento.

O ano foi ainda marcado por uma maior disposição do Executivo em dialogar com a classe empresarial privada. Num desses encontros João Lourenço exortou-os "a investir mais nas diferentes indústrias, na agro-pecuária, nas pescas, no turismo e em outros ramos da nossa economia" e realçou o aumento na produção de electricidade e água. (...)


(Leia o artigo integral na edição 554 do Expansão, de sexta-feira, dia 13 de Dezembro de 2019, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)