A estratégia de diversificação económica propagada pelo Governo, que tem destacado o papel do sector agrícola na sua concretização, não encontra resposta na oferta formativa disponível no ano académico de 2020. Os cursos no sector agro-pecuário são os que têm menor número de vagas, 1.208, ou seja 1% das 133.672 disponíveis.

Luanda lidera, com 85.753 do total, e Cunene, com 325, é a província com menos oferta formativa. No que diz respeito à distribuição das vagas por áreas de conhecimento, as engenharias estão com 27.140, seguidas por saúde e protecção social, com 20.588, educação (16.571), e ciências sociais, comércio e direito (59.416). Ou seja, as ciências sociais, onde há excedente de quadros, continuam a dominar as vagas nas universidades do País, o que contraria as necessidades do Plano Nacional de Formação de Quadros, que define metas até 2025.

A ausência de laboratórios nas universidades para a realização de aulas práticas é apontada pelo decano da Faculdade de Economia da Universidade Agostinho Neto (FECUAN), Redento Maia, como o principal entrave ao aumento de cursos voltados para as áreas económicas, sobretudo no sector primário.

"O ideal para a ambição de desenvolver a nossa economia seria ter mais vagas para este sector, pois a agricultura sempre foi considerada uma das vias para a diversificação da economia. Mas a oferta formativa dá-nos apenas estes números, porque depende de vários factores e uma delas é a falta de instituições equipadas com laboratórios", justifica o reitor, acrescentando que são cursos que exigem uma componente prática. (...)

(Leia o artigo integral na edição 558 do Expansão, de sexta-feira, dia 24 de Janeiro de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)