O diferencial entre as taxas de câmbio do dólar no mercado oficial e no paralelo voltou a disparar de 18% para 28%, numa semana, estando outra vez acima da meta do Executivo que persegue um "gap" de 20%.

Só numa semana, os anseios da equipa económica de João Lourenço "caíram por terra", já que, pelo menos até esta quarta-feira, dia 5, comprar um dólar na rua custava 635 Kz, ou seja, mais 50 Kz do que na semana anterior, elevando o "gap" para 28% face à taxa de câmbio média oficial, fixada nesse mesmo dia nos 495,7 Kz.

Também o euro viu o diferencial entre as taxas de câmbio nos mercados oficial e informal alterar entretanto com um recuo menos acentuado que o do dólar. Se na semana passada o "gap" se situava nos 16,9%, esta semana essa diferença ficou nos 21%.

Estas alterações deram-se depois de na semana passada o governador do BNA, José Massano, ter destacado essa descida como consequência da mudança do regime cambial iniciada em 2018, que resulta do fim do fim da taxa de câmbio administrada em Janeiro de 2018. Só que este feito - que foi saudado em conferência de imprensa de apresentação dos resultados do último Comité de Politica Monetária (CPM) só durou uma semana.

O presidente da Associação Industrial de Angola (AIA), José Severino, elencou dois factores para o aumento do custo da nota-verde no paralelo e o consequente aumento do diferencial: interrupção na operação dos bancos durante quatro dias, incluindo o feriado de 4 de Fevereiro e a queda do preço do barril de petróleo. (...)

(Leia o artigo integral na edição 560 do Expansão, de sexta-feira, dia 7 de Fevereiro de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)